Para marcar o Dia da Terra, comemorado nesta sexta-feira (22), o Twitter anunciou a proibição de publicações que tenham cunho falso sobre o consenso científico que comprova a existência das mudanças climáticas. Em um nítido combate ao negacionismo, a rede social impôs uma série de regras que vão impedir a monetização de anúncios que estejam deturpados e que contenham informações falsas sobre a problemática.
Em um post publicado em seu blog oficial, o Twitter informou que “anúncios deturpados não devem prejudicar conversas importantes sobre a crise climática”.
Para averiguar a veracidade ou não das informações publicadas, o microblog conta com uma parceria com agências de informação oficiais sobre as mudanças climáticas, como o Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
O IPCC já publicou alguns relatórios marcantes sobre a crise nos últimos meses que detalham o que precisa ser feito para que nos adaptemos às mudanças em curso e também traz alertas para evitarmos possíveis consequências ainda mais graves que possam atingir o dia a dia da humanidade.
Apesar do anúncio, o Twitter não divulgou mais detalhes sobre como vai agir para coibir conteúdos falsos ou sobre o planejamento para que a rede social tenha sempre um contexto confiável nas informações divulgadas sobre o tema.
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Temas relacionados ao meio ambiente estão cada vez mais presentes no Twitter. Desde 2021, as postagens e interações sobre sustentabilidade na plataforma cresceram mais de 150%.
As discussões sobre “descarbonização”, também conhecida como eliminação das emissões de gases de efeito estufa provenientes da queima de combustíveis fósseis, também aumentaram 50%. Outras conversas ambientais também estão esquentando. As sobre a redução do desperdício cresceram mais de 100% no mesmo período.
O novo anúncio do Twitter também faz parte de uma saga mais ampla de mídia social para acabar com as mentiras sobre as mudanças climáticas.
E não é apenas o Twitter que está com campanha aberta contra a desinformação em relação às mudanças climáticas.
O Google se comprometeu, em outubro de 2021, a proibir os anúncios que apresentem dados negacionistas sobre o assunto e nem a monetização que tenha conteúdo falso ou sem comprovação científica.
Na contramão, o Facebook ainda não adotou nenhuma medida e vem sendo criticado por conta da falta de posicionamento. Até o momento, a rede social não implantou medidas, sendo palco livre para a divulgação de informações falsas e contrárias aos estudos científicos sobre as mudanças climáticas.
Via: The Verge
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Fonte: Olhar Digital