RN registra 58 áreas suscetíveis a enchentes e deslizamentos de terra

Mossoró é a cidade potiguar com maior número de áreas de risco do estado; Defesa Civil do rio grande do norte informou que desenvolve Planos de Ações de Emergência para as cidades afetadas pelas chuvas

Por Rogerio Magno em 25/04/2023 às 06:50:25
Após as chuvas de abril, residências próximas às margens do Rio Mossoró foram invadidas pelas águas - Foto: Prefeitura de Mossoró

Após as chuvas de abril, residências próximas às margens do Rio Mossoró foram invadidas pelas águas - Foto: Prefeitura de Mossoró

O Rio Grande do Norte tem 43 mil pessoas que vivem em áreas de risco. Um levantamento feito pelo Serviço Geológico do Brasil, entidade vinculada ao Ministério de Minas e Energia, aponta que há 58 áreas consideradas suscetíveis a enchentes ou deslizamentos de terra em todo o estado.
Segundo o Painel de Risco Geológico, atualizado pela última vez em 30 de janeiro, a cidade de Mossoró é a que registra o maior número de áreas de risco, propícias a enchentes: 16 (todas compostas por moradias, comércios e até escolas).

Uma dessas áreas, inclusive, chegou a causar transtornos após as fortes chuvas das últimas semanas. Com o aumento do nível do Rio Mossoró, as residências de quatro famílias foram invadidas pelas águas. Com isso, a Prefeitura de Mossoró disponibilizou local de abrigo para as pessoas desalojadas.

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A Defesa Civil mossoroense informou que segue monitorando todas as áreas do município, com foco nas áreas ribeirinhas, localizadas às margens do Rio Mossoró, bem como acompanhando a elevação do nível do rio.

"Diante do cenário, as equipes da Prefeitura de Mossoró trabalham em conjunto em planejamento de ações para um plano de contingência em caso de enchentes e alagamentos em áreas de risco. Além da Defesa Civil, equipes da Infraestrutura e Assistência Social trabalham no monitoramento e acompanhamento da população que reside em áreas ribeirinhas. O Município está adotando todas as medidas necessárias para prevenção, orientação e resolução da situação diante do cenário resultante das fortes chuvas na região", disse a Prefeitura.

A Defesa Civil do Estado destacou que, no Brasil, existe uma rede de atuação composta por coordenadorias de proteção e defesa civil dos municípios, dos estados, assim como a União dispõe de uma secretaria nacional de proteção e defesa civil. Essas instituições integram um sistema e cada uma atua segundo suas competências legais estabelecidas.

"A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Rio Grande do Norte trabalha em parceria com especialistas do Departamento de Geografia da UFRN, do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), com suporte do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI) e da plataforma Interface de Divulgação de Alertas Públicos (Idap), do Ministério do Desenvolvimento Regional. Sugerimos a ampliação dessas áreas mapeadas pelo CPRM, visto que esse mapeamento remete a áreas susceptíveis a movimento de massa e enchentes", detalhou.

O órgão ainda explicou que, atualmente, para cada área mapeada, é possível que sejam emitidos avisos e alertas específicos. "É importante porque possibilita alertas mais assertivos para essas localidades já mapeadas", afirmou.

"Estamos discutindo a possibilidade de ampliar essas áreas e podermos tornar esses alertas cada vez mais assertivos. Além disso, a Defesa Civil já vem solicitando há pouco mais de um ano que os municípios, através das suas coordenadorias municipais, identifiquem áreas de risco em seus territórios que possam ser objeto desse mapeamento do CPRM", acrescentou.

"A intenção é que todo o estado seja mapeado para que tenhamos, no futuro, todas as ações necessárias de forma mais ampla em relação ao que temos hoje", pontuou a Defesa Civil.

A recomendação do Serviço Geológico do Brasil é que, em caso de chuvas intensas, seja evitado o lançamento de lixo e entulho em superfície, bem como se evite o avanço da ocupação em áreas de risco. Além disso, a entidade também recomendou que sejam feitas obras de drenagem e saneamento.

BRASIL

O Brasil tem 43 milhões de pessoas que vivem em 13.693 áreas de risco. Dessas, 41, mil localidades são classificadas como de "risco muito alto", de deslizamentos e inundações, por exemplo. Já o número de áreas classificadas como de "risco alto" é de 9,5 mil. Os dados podem ser visualizados no painel do Serviço Geológico do Brasil, vinculado ao Ministério de Minas e Energia.

Os estados mais impactados são Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. O Serviço Geológico do Brasil disponibiliza o mapa online para prevenção de desastres. O mapa apresenta a localização e algumas características de área propensas a serem afetadas por eventos adversos de natureza geológica, como deslizamentos, inundações, enxurradas, fluxo de detritos, quedas de blocos de rochas e erosões.

Fonte: Novo Noticias

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