Ex-major '01 de Bolsonaro' é acusado de tentar abusar de mulher em Natal e de atropelar soldado

Por Rogerio Magno em 07/05/2023 às 10:31:06
Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

Ao que parece, o cartão de vacinação supostamente fraudado não é a única polêmica na carreira do ex-major do Exército, Ailton Gonçalves Moraes Barros, de 61 anos, preso esta semana pela Polícia Federal. Auto-intitulado 01 do ex-presidente Jair Bolsonaro, Ailton Barros é acusado de diversos crimes e, por isso, foi expulso das Forças Armadas. Dentre eles, uma tentativa de abuso sexual.

O caso já foi mostrado pela redação da 96 FM nesta semana, mas agora ganhou mais informações dadas pela imprensa nacinoal. O crime teria acontecido em 1997, ou seja, há mais de 25 anos. Barros servia em Natal e chegou a ser punido por ter "traído a confiança de seu comandante" ao permitir o acesso de civis ao acampamento militar e a uma viatura.

Não há, nesse processo, citação a uma punição a Barros por outro acusação que consta no processo, a de ter "tentado abusar sexualmente de uma mulher na área do Exército".

Vale lembrar que a punição parece não ter sido muito severa. Afinal, dois anos depois, Barros já estava livre para cometer outro crime, em outra cidade. Em 1999, quando servia no Centro de Instrução Paraquedista General Penha (RJ), o agora ex-major se envolveu em uma confusão com um soldado. Segundo o processo do STM, ele agrediu e atropelou o militar do Exército de propósito após uma briga. Em seguida, fugiu do local. O soldado atingido ficou gravemente ferido.

Outra ocorrência envolvendo um soldado da Polícia do Exército foi registada em 2001, também no Rio de Janeiro, quando Ailton desacatou e intimidou o policial que fazia patrulhamento de trânsito. O processo ainda diz que Ailton "faltou com a verdade" em depoimento a respeito da ocorrência, além de ter tentado usar ilegalmente um carimbo do Exército para dar características de documento oficial a uma correspondência pessoal.

As últimas punições de Barros antes de ser expulso foram em 2002, por ter concedido entrevista à imprensa sem autorização. À TV Educativa, ele criticou a Polícia do Exército em um programa que discutia racismo dentro da instituição.

No mesmo ano, ele foi punido por ter dado duas entrevistas ao Jornal do Brasil atacando autoridades do Exército. No processo que decidiu pela expulsão do ex-militar, os ministros do STM consideraram os episódios como "altamente censurável, inconcebível e intolerável".

Logo em seguida, ele ainda respondeu por ter feito campanha eleitoral e distribuído panfletos com críticas ao Exército na Vila Militar. Quando foi abordado, Ailton se exaltou e se recusou a se identificar. Naquele ano, ele tentou se eleger deputado estadual, mas não foi eleito.

Fonte: 96 FM

Comunicar erro
Rede Ideal 1

Comentários

Telecab