Servidores de Mossoró aprovam greve geral contra projeto que muda estatuto do funcionalismo

Funcionalismo decidiu cruzar os braços em protesto contra um projeto de lei complementar enviado pelo prefeito Allyson Bezerra

Por Rogerio Magno em 20/06/2023 às 09:25:58
Prefeito Allyson Bezerra - Foto: Célio Duarte (Secom/PMM)

Prefeito Allyson Bezerra - Foto: Célio Duarte (Secom/PMM)

Servidores da Prefeitura de Mossoró aprovaram nesta segunda-feira 19 um indicativo de greve geral com início previsto para o dia 26 de junho. A decisão ocorreu durante assembleia unificada de quatro sindicatos realizada no Teatro Lauro Monte Filho.

Também foi aprovada uma parada de advertência para esta terça-feira 20.

O funcionalismo decidiu pela greve em protesto contra um projeto de lei complementar enviado pelo prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) para a Câmara Municipal que altera o Estatuto dos Servidores. Segundo os profissionais, o projeto retira direitos. A matéria está em discussão pelos vereadores.

Entre outros pontos, o projeto de lei enviado por Allyson Bezerra reduz de seis para dois meses o tempo máximo para que servidores retirem licença remunerada por motivo de adoecimento em pessoa da família; limita a 25% a redução de jornada para servidores que tenham filhos com deficiência ou autismo; e dificulta a dispensa de servidores por motivo de atestado médico.

Outro ponto questionado é um artigo que trata da definição de regras para o adicional por tempo de serviço. Sindicatos entendem que o projeto abre brecha para que alguns servidores percam o dinheiro. A prefeitura entende que não. Também há discussão sobre a remuneração de servidores readaptados.

O prefeito Allyson Bezerra rebate as críticas citando que outros artigos ampliam direitos da categoria, como o aumento do tempo de licença-maternidade (de seis para sete meses).

Assembleia decide greve

Participaram da assembleia que decidiu greve representantes dos seguintes sindicatos: Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum), Sindicato dos Servidores da Saúde de Mossoró (Sindssam), Sindicato dos Guardas Municipais (Sindguardas) e Sindicato dos Agentes de Trânsito Municipais (Sindatran). Além dos dirigentes sindicais, cerca de 500 servidores participaram do protesto e decidiram pela greve.

A Prefeitura de Mossoró realizou coletiva de imprensa para esclarecer e reafirmar à sociedade que o Projeto de Lei Complementar nº 17/2023, enviado pela gestão para apreciação pela Câmara, não suprime direitos dos servidores do Município de Mossoró, interior do Rio Grande do Norte. A entrevista foi concedida pelo prefeito Allyson Bezerra, no Palácio da Resistência.

O chefe do Executivo municipal iniciou a entrevista reforçando que ontem 13 a gestão recebeu uma comitiva composta por servidores de diversas secretarias, em consonância com a premissa de diálogo que permeia o trabalho da Prefeitura. O encontro objetivou esclarecer a inexistência de prejuízos ao funcionalismo em virtude do projeto de lei.

Na coletiva de imprensa, o primeiro ponto esclarecido pelo prefeito Allyson Bezerra voltou-se ao direito de adicional de serviço. O gestor frisou que esse benefício está garantido. "O projeto prevê que o servidor estará resguardado pelo Plano de Carreira. E, caso não tenha o Plano de Carreira, estará contemplado com a continuidade do adicional de serviço. Jamais mandaríamos um projeto de lei retirando um direito como esse", disse.

Allyson Bezerra também rechaçou a informação de que não haveria previsão de licença superior a três dias em caso de adoecimento do servidor. "O art. 89 do Projeto de Lei nº 17/2023 prevê que será concedida ao servidor Licença por Incapacidade Temporária, a pedido ou de ofício, com base em inspeção da junta biopsicossocial oficial, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus, quando seu estado de saúde impossibilitar ou incapacitar para o exercício das atribuições do cargo", declarou.

O chefe do Executivo Municipal ainda acrescentou que, conforme o art. 90 do projeto de lei, há previsibilidade assegurada para licença-saúde com período superior a três dias. "O projeto de lei diz que o prazo pode ser superior a três dias. O artigo 90 menciona que "a concessão de Licença por Incapacidade Temporária por prazo superior a três dias no mês ou quinze dias no ano dependerá obrigatoriamente de inspeção realizada por junta biopsicossocial oficial"", completou.

O chefe do Executivo Municipal ainda acrescentou "O que estamos solicitando, é apenas que o servidor apresente atestado. E, se não puder ir à junta médica, terá a possibilidade de encaminhar a documentação. E, se estiver totalmente impossibilitado, a junta médica terá que ir até o servidor", ainda ressaltou o prefeito Allyson Bezerra, ao também anunciar que, conforme acordado com os servidores, publicará decreto detalhando como será implementada a licença-saúde., conforme o art. 90 do projeto de lei, há previsibilidade assegurada para licença-saúde com período superior a três dias. "O projeto de lei diz que o prazo pode ser superior a três dias. O artigo 90 menciona que "a concessão de Licença por Incapacidade Temporária por prazo superior a três dias no mês ou quinze dias no ano dependerá obrigatoriamente de inspeção realizada por junta biopsicossocial oficial"", completou.

Fonte: Portal Agora RN

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