Brincadeiras e entretenimentos ao longo das décadas: a mudança na diversão de cada geração

O AGORA RN foi até as ruas para saber qual a maior saudade da infância de diferentes gerações. Em entrevista, Josenildo, cujo sobrenome preferiu preservar, nasceu no final da geração X. Aos 42 anos, ele comenta sobre a saudade das brincadeiras da sua época de criança, como andar de bicicleta. "Sinto falta de andar de bicicleta, isso é muito bom", disse.

A transformação no entretenimento infantil das gerações é algo significativo. A geração X compreende os nascidos entre 1965 e 1981, no contexto pós segunda guerra. É marcada por brincadeiras mais ativas fisicamente como "esconde-esconde", andar de bicicleta e jogos com bola como futebol e queimada, brincadeiras que fizeram parte do cotidiano de Josenildo, por exemplo.

As diferenças dos relatos da geração X para a Y, no entanto, ainda é um pouco sutil, pois ainda se mantém a nostalgia em comum das brincadeiras de rua. O entrevistado César Moreira, de 36 anos, é da geração Y. César fala que sente saudade da ingenuidade de ser criança e da falta de responsabilidades, podendo brincar despreocupadamente na rua.

Nascidos entre 1982 e 1994, os "Millennials", também conhecidos como geração Y, viveram em um período com brincadeiras mais voltadas para o exercício da imaginação como "polícia e ladrão", além das brincadeiras da geração X que também se mantiveram. Muitos ainda vivenciaram um mundo sem internet.

Já a geração Z são as pessoas nascidas entre 1995 e 2010. A principal mudança nessa geração é o advento de tecnologias mais avançadas e o maior uso da Internet. A mudança nas brincadeiras e entretenimento começa a ser mais tecnológica, com jogos eletrônicos no computador.

Os nascidos a partir de 2010 e aqueles que ainda irão nascer até 2025, pertencem à chamada geração alpha. Essa geração é a que possui a mudança mais incisiva no entretenimento e nas brincadeiras, pois grande parte dos incluídos nessa faixa etária fazem uso demasiado de telas.

Tecnologia como extensão da vida

A psicóloga clínica Heloísa Ramalho, que atua na área de neurodesenvolvimento e desenvolvimento infantil, aponta que deve existir um cuidado maior com a geração alpha pois, apesar das tecnologias trazerem pontos positivos, o uso excessivo pode afetar o desenvolvimento da criança.

"A gente vê uma diferença absurda, porque a geração alpha vem muito com as brincadeiras eletrônicas, com jogos de computador e celular. É muito difícil ver crianças se reunindo para brincar de "pique-esconde". Elas querem jogar Roblox, por exemplo. Se juntar para jogar Roblox online ou algum jogo online. É bem diferente essa questão de entretenimento", pontuou a psicóloga.