PF prende dois da Abin por grampo durante governo Bolsonaro

Condutas teriam ocorrido durante a gestão Jair Bolsonaro, quando a agĂȘncia era presidida pelo atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ)

Por Rogerio Magno em 20/10/2023 às 11:39:20
Software teria invadido dispositivos móveis, sem autorização judicial

Software teria invadido dispositivos móveis, sem autorização judicial

A Polícia Federal cumpre mandados nesta sexta-feira (20) para apurar supostas irregularidades na conduta de servidores da AgĂȘncia Brasileira de InteligĂȘncia (Abin). Segundo a investigação, eles usaram sistemas de GPS para rastrear celulares sem autorização judicial.

O material divulgado pela PF não informa a data dos supostos crimes. As condutas teriam ocorrido durante a gestão Jair Bolsonaro, quando a agĂȘncia era presidida pelo atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

De acordo com a PF, 25 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva estão sendo cumpridos. Também estão sendo realizadas "medidas cautelares diversas da prisão," nos estados de São Paulo, Santa Catarina, ParanĂĄ, GoiĂĄs e no Distrito Federal.

As medidas judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "O sistema de geolocalização utilizado pela Abin é um software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira. A rede de telefonia teria sido invadida reiteradas vezes, com a utilização do serviço adquirido com recursos públicos", informou em nota a PF.

"Além do uso indevido do sistema, apura-se a atuação de dois servidores da agĂȘncia que, em razão da possibilidade de demissão em processo administrativo disciplinar, teriam utilizado o conhecimento sobre o uso indevido do sistema como meio de coerção indireta para evitar a demissão", acrescentou.

Se condenados, os servidores responderão pelos crimes de invasão de dispositivo informĂĄtico alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informĂĄtica ou telemĂĄtica sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

Fonte: Novo Noticias

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