Javier Milei é eleito presidente da Argentina

Candidato derrotou o atual ministro da Economia, Sergio Massa

Por Rogerio Magno em 20/11/2023 às 05:40:28
Javier Milei Reprodução/Facebook

Javier Milei Reprodução/Facebook

O economista Javier Milei (La Libertad Avanza), de 53 anos, foi eleito presidente da Argentina neste domingo (19). Milei tomará posse no próximo dia 10 de dezembro.

Ele superou, no segundo turno, o candidato governista e atual ministro da Economia, Sergio Massa (Union por la Patria), que havia saído vencedor do primeiro turno, em 22 de outubro.

Às 21h21, com 97,4% das urnas apuradas, Milei tinha 55,76% dos votos contra 44,23% de Massa, que admitiu a derrota antes mesmo da divulgação da primeira parcial.

Em discurso após ser eleito, Milei falou que "hoje termina uma forma de se fazer política e começa outra".

Virada

Segundo lugar no primeiro turno, Milei conseguiu reverter o cenário neste domingo. Uma virada em segundo turno era um feito que só havia sido conquistado em 2015 por Mauricio Macri.

Antes de o resultado ser conhecido, a campanha de Milei disse que houve transparência nas eleições, uma declaração que se opõe a declarações de Milei e apoiadores ao longo do processo eleitoral, o gerou até a convocação por parte da autoridade eleitoral para esclarecimentos.

Atual presidente argentino, Alberto Fernández disse que a transição começa a partir de segunda-feira (20).

Reflexo no Brasil

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), usou as redes sociais para desejar "boa sorte" ao novo governo.

Durante seus eventos de campanha, Milei aparecia empunhando uma motosserra, que simbolizava as promessas de de cortar drasticamente as despesas do governo, eliminar os subsídios públicos e "romper com o status quo".

A plataforma eleitoral nacional do seu partido, La Libertad Avanza, indica que, em primeiro lugar, se trabalharia em um corte significativo nas despesas públicas e numa reforma para reduzir os impostos, com flexibilidade nos locais de trabalho, comerciais e financeiro.

Também se espera uma reforma para cortar os fundos atribuídos às reformas e pensões, uma redução do número de ministérios para oito e uma redução gradual dos planos sociais.

E, para concluir o plano, estão previstas a "liquidação" do Banco Central e reformas dos sistemas de saúde, educação e segurança.

Outras propostas polêmicas, como a dolarização da economia, fazem de Milei a grande novidade da política argentina nas eleições de outubro de 2023.

Fonte: CNN Brasil

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