Peru fecha acordo com Pfizer para a compra de 20 milhões de doses da vacina contra a Covid-19

O primeiro lote com 250 mil doses da Pfizer deve desembarcar no país em março. O Peru tem acordos para a chegada de mais dois imunizantes: o de Oxford/AstraZeneca e o da Sinovac. Enfermeira prepara dose da vacina da Pfizer-BioNTech contra Covid-19, em Bobigny, França.

REUTERS/Charles Platiau

O presidente do Peru, Francisco Sagasti, anunciou nesta quinta-feira (4) que assinou um acordo para a compra de 20 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech.

O primeiro lote de vacinas, com 250 mil doses do imunizante, deve desembarcar no país em março, disse Sagasti em um pronunciamento pela internet. Em abril, a expectativa é de que mais 300 mil doses da vacina sejam entregues ao país andino.

"Nós podemos contar com pelo menos mais 5 milhões de doses da Pfizer até o mês de julho, no mínimo", disse o presidente peruano.

O Peru foi um dos países mais atingidos pela pandemia do coronavírus na América do Sul, em proporção à sua população de pouco mais de 30 milhões de habitantes.

O presidente peruano reforçou que o país tem mais doses da vacina a caminho por conta da aliança Covax, mediada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que garante a entrega de mais 117 mil doses da Pfizer e 400 mil da AstraZeneca a partir de fevereiro.

"Além disso, já temos assegurado mais de 1 milhão de doses da [farmacêutica chinesa] Sinopharm, que serão entregues em 13 de fevereiro ou até antes", disse Sagasta.

No início da pandemia, o governo peruano chegou a impor um severo lockdown no país, mas a medida não foi efetiva e – com picos no número de casos, os serviços de saúde do país ficaram a beira de um colapso com a falta de oxigênio.

Em 2020, o Peru passou com um período de extrema instabilidade política em meio a pandemia com troca de dois presidentes em menos de uma semana.

Reportagem em atualização.