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Rawiri Waititi foi impedido de fazer perguntas duas vezes na câmara de debates na terça-feira pelo presidente do Parlamento; 'Não se trata de gravata, trata-se de identidade cultural', disse ele, ao deixar o local. Nesta quarta, líder maori teve autorização para falar usando um taonga, pingente de pedra verde maori. Co-líder do Partido Maori, Rawiri Waititi fala em Wellington, na Nova Zelândia, usando um taonga, pingente de pedra verde maori, em imagem retirada de vídeo na terça-feira (9)TVNZ/Handout via ReutersUm líder maori da Nova Zelândia que foi expulso do Parlamento nesta semana por se recusar a usar uma gravata na câmara disse que obrigá-lo a adotar um código de vestimenta ocidental é uma violação de seus direitos e uma tentativa de suprimir a cultura indígena.O presidente do Parlamento, Trevor Mallard, impediu Rawiri Waititi de fazer perguntas duas vezes na câmara de debates na terça-feira (9), insistindo que parlamentares só podem fazê-lo se estiverem usando uma gravata.Waititi, de 40 anos, que se tornou parlamentar pela primeira vez na eleição de outubro, usava um taonga, um pingente de pedra verde maori.Quando Waititi insistiu com a pergunta, depois de ser interrompido uma segunda vez, Mallard ordenou que ele saísse."Não se trata de gravata, trata-se de identidade cultural, companheiro", disse Waititi ao deixar a câmara.Waititi usou o mesmo traje para ir ao Parlamento nesta quarta-feira e, desta vez, teve permissão para falar."O laço foi tirado de nossos pescoços e agora podemos cantar nossas canções", disse Waititi. O incidente provocou um debate sobre colonialismo na Nova Zelândia e causou indignação em todo o mundo.Os maori tem 21% de representação no Parlamento, mas Waititi, que classifica as gravatas como um "nó de forca colonial", disse que ainda existe um racismo sistêmico na Nova Zelândia e que isso é produto da colonização.Vídeos: Os mais assistidos do G1 nos últimos 7 dias