O vulcão Pacaya, na Guatemala, próximo à capital, que vem gerando intensas explosões há semanas, registrou uma atividade maior nesta quarta-feira (3), desta vez com o lançamento de material incandescente que pode cair em comunidades próximas.
"O vulcão Pacaya registra um nível de atividade muito alto (...) e não está descartado o aumento da erupção", disse a repórteres o porta-voz do Instituto de Vulcanologia, Emilio Barillas.
"A principal ameaça apresentada por essa erupção é a queda de 'balísticos', esses blocos de material vulcânico incandescente" que podem atingir pessoas em áreas próximas, alertou.
Esses materiais são expelidos a uma altura de 800 metros acima da cratera, acompanhados por uma coluna eruptiva de 5.500 metros acima do nível do mar, o que pode complicar a visão do tráfego aéreo, explicou a organização em um comunicado.
O gigante, de 2.552 metros de altitude e localizado cerca de 25 km ao sul da Cidade da Guatemala, mantém explosões que lançam esses resíduos, além da queda de cinzas que atingem cerca de sete comunidades, indicou.
Fumaça e cinza são vistas saindo do vulcão Pacaya, na Guatemala, na quarta-feira (3)
Reuters/Josue Decavele
Além disso, continua um aumento na extensão e o surgimento de novos fluxos de lava ao redor do cone vulcânico, disse o funcionário.
Barillas pediu que a Coordenadoria de Redução de Desastres (Conred), responsável pela defesa civil, implemente os protocolos necessários a cerca de 5 km do vulcão devido à queda de material incandescente.
Por causa da atividade do vulcão, o Parque Nacional Pacaya, importante atração turística do país onde ele está localizado, permanece fechado.
O Pacaya registrou uma poderosa erupção em 27 de maio de 2010, que matou um jornalista que cobria o noticiário e também causou danos às plantações.
Além do Pacaya, também estão ativos na Guatemala os vulcões de Fuego, no sudoeste, e Santiaguito, no oeste. O país tem cerca de trinta vulcões.
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