Um ex-assessor de Donald Trump na Casa Branca que havia sido responsável pela proibição da entrada de muçulmanos criou agora um grupo para entrar em litígios contra o atual governo dos EUA. Muro na fronteira entre EUA e México, na cidade de Roma (Texas)
Ed Jones/AFP
Ex-funcionários do governo dos Estados Unidos que lideraram a ofensiva contra a imigração durante o governo do republicano Donald Trump anunciaram nesta quarta-feira (7) um novo grupo jurídico destinado a atacar a agenda da "esquerda ativista radical", que supostamente impulsiona o atual presidente democrata Joe Biden.
Imagens mostram crianças sendo abandonadas por 'coiotes' na fronteira dos EUA
Stephen Miller, que liderou a política restritiva de Trump contra a imigração; Gene Hamilton, o principal aliado de Miller no Departamento da Justiça, e o ex-chefe de gabinete de Trump, Mark Meadows, vão dirigir a America First Legal Foundation.
Eles descrevem o grupo como uma "nova organização conservadora sem fins lucrativos comprometida com defender os princípios dos Estados Unidos em primeiro lugar e combater a agenda radical e sem lei da esquerda".
"Por muito tempo, os americanos conservadores e tradicionalistas foram oprimidos, excluídos e manipulados por organizações jurídicas progressistas radicais", disse Miller em um comunicado.
O ativista anti-imigrantes afirma que durante os anos de Trump, organizações jurídicas que ele chama de extremistas "apresentaram uma denúncia após a outra, buscando o fórum legal mais favorável", e que agora eles vão começar a entrar em litígios de forma parecida.
O grupo afirmou em seu site que planeja combater as políticas progressistas desafiando-as nos tribunais e que vai colaborar com grupos com objetivos parecidas, incluindo funcionários públicos conservadores.
Ele acrescentou também que não vai focar em apenas um assunto. Porém, sob o governo Trump, Miller e Hamilton lideraram sua polêmica agenda anti-imigração, que incluiu a proibição de entrada para pessoas de vários países de maioria muçulmana, a suspensão de admissão de refugiados e o cancelamento de planos para facilitar e oferecer cidadania aos imigrantes sem documentos, principalmente da América Central.
Veja os vídeos mais assistidos do G1