Opositor russo Alexei Navalny corre 'risco grave' e deve ser tratado no exterior, diz ONU

Por Rogerio Magno em 21/04/2021 às 15:08:54
Para os especialistas da ONU, as condições às quais Navalny foi submetido podem equivaler à tortura ou tratamento cruel, desumano ou degradante. Foto mostra líder da oposição russa, Alexei Navalny, participando de uma passeata em Moscou em fevereiro de 2019

Pavel Golovkin/AP

Especialistas de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) apelaram à Rússia nesta quarta-feira que permita que o líder opositor preso Alexei Navalny receba tratamento médico no exterior, dizendo acreditar que sua vida está em risco.

Navalny está sendo mantido em condições severas em uma colônia penal de alta segurança e "privado de acesso a cuidados médicos adequados". Os especialistas disseram, em um comunicado, que essas condições que podem equivaler à tortura.

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"Exortamos as autoridades russas a garantirem que o senhor Navalny tenha acesso a seus próprios médicos e a permitirem que ele seja evacuado para tratamento médico urgente no exterior, como fizeram em agosto de 2020", disseram os especialistas da ONU.

Navanly, o principal político de oposição na Rússia, tem 44 anos. Ele iniciou uma greve de fome três semanas atrás. Ele cumpre pena de dois anos e meio de prisão por acusações antigas que ele diz terem sido fabricadas.

Navalny voltou à sua terra natal em janeiro, após tratamento na Alemanha para o que autoridades do país disseram ter sido um envenenamento na Rússia com um agente nervoso proibido. O governo russo nega qualquer responsabilidade.

Os especialistas da ONU expressaram alarme com a deterioração de sua saúde, dizendo: "Acreditamos que a vida do senhor Navalny corre risco grave".

"Estamos profundamente perturbados com o fato de o senhor Navalny estar sendo mantido em condições que podem equivaler à tortura ou tratamento cruel, desumano ou degradante, ou punição em uma instalação que supostamente não cumpre padrões internacionais", acrescentaram.

Eles disseram que o aprisionamento atual do oposicionista e ataques anteriores a ele, inclusive com o agente nervoso Novichok, "são todos parte de um padrão deliberado de retaliação contra ele por suas críticas ao governo russo e uma violação grave de seus direitos humanos".

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Fonte: G1

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