A Amazon fechou um contrato com a United Launch Alliance (ULA) para nove lançamentos de foguetes Atlas 5 contendo satélites do “Project Kuiper”, seu serviço global de banda larga via satélite que será um concorrente do Starlink, da SpaceX.
A empresa espera que sua “constelação” tenha 3.236 satélites, para levar a internet a locais rurais e partes do globo que tem pouca ou nenhuma conectividade. Ela também servirá para reforçar a infraestrutura do serviço de computação em nuvem da empresa, o Amazon Web Services (AWS), facilitando a interconexão dos vários data centers.
A licença da Federal Communications Commission (FCC), agência do governo dos EUA que controla a indústria de telecomunicações no país, de forma similar à nossa Anatel, exige que a Amazon coloque em operação pelo menos metade de sua rede, cerca de 1.618 satélites, até julho de 2026.
Ao contrário da SpaceX, que lança seus satélites a bordo de seus próprios foguetes reutilizáveis Falcon 9, os satélites do Project Kuiper são projetados para poderem ser lançados por diferentes tipos de foguetes. Entretanto, de acordo com Rajeev Badyal, vice-presidente de tecnologia do projeto na Amazon, o contrato com a ULA dá à empresa um foguete “capaz e confiável” para os primeiros lançamentos.
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A Blue Origin, outra empresa de Jeff Bezos, fundador da Amazon, está desenvolvendo um foguete para missões orbitais chamado New Glenn. Entretanto, o desenvolvimento está atrasado e o primeiro lançamento, originalmente previsto para o final de 2021, só ocorrerá no quarto trimestre de 2022.
Segundo a Amazon, os satélites do Project Kuiper irão orbitar a Terra a uma altitude entre 590 a 630 quilômetros. Testes com protótipos mostraram uma velocidade de download de 400 Mbps que “continuará a melhorar em iterações futuras”. No ano passado a empresa prometeu investir US$ 10 bilhões no projeto, quase o mesmo que a SpaceX investirá no Starlink.
A Amazon afirma ter uma equipe de 500 pessoas trabalhando no Project Kuiper, que está “totalmente focada na invenção de nova tecnologia para tornar a banda larga mais acessível para os consumidores”.
Fonte: The Verge
Fonte: Olhar Digital