Butantan paralisa produção de vacinas por falta de insumos

O Instituto Butantan finalizou hoje (14) as entregas do primeiro contrato para fornecimento de vacinas contra o novo coronavírus ao Programa Nacional de...

Por Rogério Magno em 14/05/2021 às 19:01:48

O Instituto Butantan finalizou hoje (14) as entregas do primeiro contrato para fornecimento de vacinas contra o novo coronavĂ­rus ao Programa Nacional de Imunizções (PNI). Foi disponibilizado o total de 1,1 milhão de doses, somando 47,2 milhões de doses da vacina CoronaVac, elaborada em parceria com o laboratório chinĂȘs Sinovac.

O contrato previa o fornecimento de 46 milhões de doses da vacina. Assim, o lote de hoje também é o inĂ­cio do cumprimento do segundo contrato para a disponibilização de 54 milhões de doses até o final de agosto.

O Butantan informou que vai paralisar a produção até a chegada de um novo lote com 10 mil litros de insumo farmacĂȘutico ativo (IFA), matéria-prima da vacina. Segundo o governo de São Paulo, o carregamento ainda não foi liberado pelo governo chinĂȘs para ser embarcado ao Brasil. "Esses 10 mil litros correspondem a aproximadamente 18 milhões de doses da vacina, absolutamente necessĂĄrios para manter a frequĂȘncia do sistema vacinal, acelerar e atender os que precisam da segunda dose", disse o governador João Doria.

Ele atribuiu o atraso na liberação do envio do material a um "entrave diplomĂĄtico" causado por declarações "desastrosas" de autoridades do governo brasileiro em relação à China e à própria vacina.

A entrega de insumos jĂĄ sofreu outros atrasos semelhantes. Segundo o diretor do Butantan, Dimas Covas, a finalização do primeiro contrato de fornecimento ao PNI teve um atraso de 12 dias.

Atrasos no cronograma

Com a atual demora na entrega de matéria-prima, a estimativa de Covas é que só sejam disponibilizadas cinco milhões de doses de vacina em maio, quando a previsão inicial era de 12 milhões de doses.

O governo de São Paulo avalia que as doses disponĂ­veis no momento são capazes de atender todos os grupos convocados para receber a imunização. No entanto, Covas lembrou que alguns municĂ­pios, seguindo recomendação do Ministério da SaĂșde, usaram todas as doses de CoronaVac para a primeira etapa da imunização e podem ter dificuldades para aplicar a segunda dose. Problema que, de acordo com o presidente do Butantan, não acontece no estado de São Paulo.

Itamaraty

Em audiĂȘncia pĂșblica na Comissão de Relações Exteriores do Senado, no Ășltimo dia 6, o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, disse que a relação com a China estĂĄ entre as prioridades do governo brasileiro. "Queremos um relacionamento econômico e comercial maior e mais diversificado com a China", afirmou na ocasião.

Embaixada da China

Em publicação nas redes sociais, a embaixada chinesa no Brasil destacou a cooperação com paĂ­ses em desenvolvimento para o acesso a vacinas e insumos. "A China é o maior fornecedor de vacinas para paĂ­ses em desenvolvimento, oferecendo assistĂȘncias vacinais a mais de 80 nações em desenvolvimento e exportando o imunizante a uns 50 paĂ­ses. A China continua a honrar seu compromisso de tornar suas vacinas um bem pĂșblico global", diz a publicação.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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