Atendendo mais de 100 mil clientes na Colômbia, a fintech Addi captou US$ 65 milhões (R$ 350 milhões) para expandir suas atividades no Brasil. A meta do negócio no país é atingir R$ 1 bilhão de transações nos próximos dois anos.
E não à toa, a mira agora é o mercado brasileiro: mesmo sem anúncio oficial sobre o lançamento do negócio em solo nacional e com apenas seis meses de presença por aqui, a empresa de crediário já conta com 50 clientes e 5 mil usuários cadastrados no país.
O aporte série B foi liderado pela financeira norte-americana Union Square Ventures, que já tem um leque de investimentos em tecnologia, como no Twitter e Coinbase.
O investimento contou, ainda, com aportes dos fundos 8VC, Citius Capital, Endeavor Catalyst, The Marathon Found e de investidores anjos.
Leia mais:
Em nota, o sócio geral da Union Square Ventures, John Buttrick, disse que a parceria é motivo de entusiasmo e que irá alavancar muitos negócios, principalmente de empreendedores que atuam com e-commerce.
“Esperamos permitir que os comerciantes latino-americanos ampliem seus negócios de e-commerces, oferecendo aos clientes várias opções de pagamento, com foco no aumento das vendas”, disse.
Nos próximos meses, o planejamento prevê também o lançamento de um aplicativo focado no mercado nacional, com intuito de informar os sites que aceitam a bandeira e as soluções ofertadas pela companhia.
A Addi teve um crescimento considerável desde o início da pandemia e vem sendo administrada por seus três fundadores: Santiago Suarez, Daniel Vallejo e Elmer Ortega.
A filial brasileira tem como sócio Marcelo Lima, e as previsões são audaciosas, principalmente para fazer valer a versão moderna do “buy now, pay later” (compre agora, pague depois, em tradução livre).
Para aumentar a presença de mercado, o foco agora é conquistar mais varejistas parceiros. Atualmente, o volume de vendas das empresas que utilizam a fintech como forma de pagamento cresce algo entre 20% e 30%, segundo dados da Addi.
A Addi é integrada às principais plataformas de e-commerce, como VTEX, Nuvemshop e WooCommerce. Ela pode ser inserida nos sites como opção de pagamento, sem burocracias.
O usuário apresenta apenas informações de contato e um documento com foto e a tecnologia da empresa faz toda a análise de crédito, liberando ou não a compra parcelada sem juros. Ou seja, trata-se de uma maneira de democratização do crédito.
Para o lojista, a vantagem é ter o valor do pagamento repassado instantaneamente; aos clientes, fica um período para quitar a dívida, tendo ainda a opção de escolha entre boleto bancário, transações ou PIX.
Via: exame
Fonte: Olhar Digital