Praias do Sri Lanka estão ameaçadas pela maior catástrofe ambiental de sua história

Por Rogerio Magno em 29/05/2021 às 10:23:45
Um navio com bandeira de Singapura está em chamas há nove dias perto da costa de Sri Lanka. Uma parte da carga já caiu no mar e apareceu nas praias próximas, mas o grande risco é a possibilidade da embarcação se romper, despejando todo o conteúdo no mar. Membro da marinha do Sri Lanka remove lixo que chegou a uma praia do país, em 28 de maio de 2021

Dinuka Liyanawatte/Reuters

Toneladas de plástico procedentes de um porta-contêineres em chamas na costa perto do Sri Lanka ameaçam as praias do país com a maior contaminação de sua história.

As autoridades proibiram a pesca em uma área de 80 km de comprimento ao redor do "MV X-Press Pearl", um navio com bandeira de Singapura, que está em chamas há nove dias e ameaça se romper, o que provocaria uma grande catástrofe para o meio ambiente com a possibilidade de despejos de toneladas de combustível no Oceano Índico.

Imagem do navio MV X-Press Pearl em chamas perto da costa do Sri Lanka, em 29 de maio de 2021

Ishara S. Kodikara / AFP

Há uma operação internacional em curso para impedir o desastre, mas as praias mais próximas já enfrentam outra tragédia: foram tomadas por milhões de grânulos plásticos procedentes da carga do navio.

De acordo com as autoridades, o navio transportava, entre outras coisas, 28 contêineres de grânulos de poliestireno, destinados sobretudo a proteger as cargas, e oito deles caíram no mar.

Limpar as praias de toneladas destas bolinhas, misturadas com petróleo queimado e resíduos da embarcação, será uma tarefa gigantesca.

"É provavelmente a maior contaminação das praias da história", afirmou Dharshani Lahandapura, presidente da Autoridade de Proteção do Meio Ambiente Marinho (MEPA).

Guarda no Sri Lanla perto de praia com cinzas de um navio que queima perto do litoral do país, em 29 de maio de 2021

Ishara S. Kodikara / AFP

Além da contaminação das praias turísticas, também estão ameaçadas zonas marinhas da região, conhecidas por seus caranguejos e camarões gigantes. Os cientistas também estão avaliando o impacto nos lagos, manguezais e na vida marinha da região.

O incêndio fragilizou a estrutura do porta-contêineres de 186 metros de comprimento, segundo a MEPA. Além do combustível de seus tanques, o navio transportava 278 toneladas de combustível 50 toneladas de diesel.

"Ainda há fumaça e em alguns momentos chamas, mas o navio se encontra estável", afirmou à AFP o porta-voz da Marinha cingalesa, o capitão Indika de Silva.

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Fonte: G1

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