COMBATE ÀS DROGAS: Apreensão de crack é a que mais cresce em rodovias no país

Por Rogério Magno em 06/06/2021 às 09:03:41
O avanço do crack na sociedade brasileira vem sendo estudado por especialistas nos últimos anos. Segundo Clarice Sandi Madruga, pesquisadora da Uniad (Unidade de Pesquisas de Álcool e Drogas) da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que entre seus estudos mapeou o perfil dos frequentadores da região conhecida como Cracolândia, na capital paulista, há indícios da expansão da droga com base na busca por tratamento, apesar de não ser possível falar em uma "epidemia do crack".

"Não temos dados epidemiológicos populacionais suficientes para concluir epidemia, tivemos diversos problemas com levantamentos anteriores, o que não nos permite ter a análise de uma série histórica. Existem dados indiretos sobre busca por tratamento, porém, mostrando aumento significativo", afirma.

De acordo com Rafael Alcadipani, professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, as rotas de tráfico são parecidas com as rotas de outros entorpecentes mais comumente encontrados pela polícia, como cocaína e maconha. O crack vem do Paraguai e da Bolívia ou então é feito no próprio Brasil, com sobras da cocaína. Por ter efeito mais destrutivo, não é considerado a principal aposta dos traficantes, e é até mesmo proibido em presídios.

Alcadipani afirma que a apreensão em si pode ser um trabalho de enxugar gelo se não vier acompanhada de uma ação mais profunda contra as quadrilhas. "É preciso que os traficantes sejam pegos e a quadrilhas desbaratadas", afirma.

R7

Tags:   Polícia
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