Estudante tem discurso de formatura interrompido ao falar sobre ser LGBTQIA+ nos EUA; veja vídeo

Orador diz ter sido censurado pelo diretor da escola que fica no estado de Nova Jersey, nos EUA. VÍDEO: Estudante tem discurso de formatura interrompido ao falar sobre ser LGBTQIA+

Um estudante do ensino médio teve seu discurso de formatura interrompido quando ele começou a falar, na semana passada, sobre sua experiência como um aluno LGBTQIA+ (veja no vídeo acima).

Bryce Dershem, que era o orador da turma, disse ter sido censurado pelo diretor da escola Eastern Regional High School, no estado de Nova Jersey, Estados Unidos.

"Senti como se estivessem tentando controlar o que eu ia dizer, e tirando partes da minha identidade, de que realmente me orgulho", disse Dershem em entrevista à rede NBC.

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Uma gravação do discurso mostra um aparente problema técnico no momento em que o jovem fala sobre ser queer – ou não binário, que não se identifica com o gênero masculino e feminino.

É possível ver então o diretor da escola, Robert Tull, se aproximando e retirando o microfone e papéis que estariam com uma versão "não aprovada" do discurso.

Em seguida a platéia exige que o jovem possa voltar a falar e um novo microfone é entregue ao orador que termina sua apresentação "de memória".

"Ele apontou para o discurso que havia escrito para mim, e me disse que eu deveria falar o que estava ali, e não outra coisa", disse Dershem.

Bryce Dershem, orador da formatura que teve discurso interrompido ao falar sobre ser aluno LGBTQIA+

Reprodução

Dershem contou que a uma semana da graduação a direção lhe disse que o momento "não era uma sessão de terapia" e que seu discurso não poderia ser apresentado.

O jovem disse que trabalhou o conteúdo "da versão proibida" com os professores e tentou usar uma linguagem inclusiva. Ele chegou inclusive a estudar discursos anteriores.

“Já falaram sobre ser filho de imigrantes, de ensaios da banda, de clubes da escola, de reality show, ate mesmo sobre o Bob Esponja", afirmou o orador.

O superintendente escolar da região, Robert Cloitier, disse em nota que apoia os alunos em suas experiências educacionais e acredita "em uma mensagem inclusiva sobre o futuro".

O diretor do colégio não se pronunciou sobre o caso até a última atualização desta reportagem.