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Astrofísicos brasileiros fazem mapa do céu em raios gama e afirmam ser a mais nítida imagem já produzida


Uma equipe de quatro astrofísicos do Grupo de Buracos Negros da Universidade de São Paulo (USP) construiu um mapa do céu em raios gama, que afirmam ser o mais nítido produzido. As informações são da Agência FAPESP.

Raios gama são um tipo de radiação eletromagnética de alta frequência, e são geralmente produzidos por elementos radioativos de processos subatômicos, como a aniquilação de um par de pósitron e elétron.

Mapa do céu inteiro em raios gama mais nítido já construído, utilizando observações do Telescópio Espacial Fermi.Imagem: D. Carlos, L. Siconato, R. de Menezes, R. Nemmen (Universidade de São Paulo)

De acordo com Raniere Menezes, um dos cientistas responsáveis pela pesquisa, “os raios gama são o tipo de luz com as maiores energias que podemos encontrar no Universo”.

O trabalho, que é liderado pelo professor Rodrigo Nemmen, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (IAG-USP), teve financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de S. Paulo (FAPESP), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e uma bolsa de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Como foi construído o mapa do céu em raios gama

Para a construção desse mapa, os cientistas usaram as observações do Telescópio Espacial Fermi, da Nasa, que iniciou suas operações em 11 de junho de 2008 e continua em atividade, monitorando o céu em altas energias.

Cientistas usaram as observações do Telescópio Espacial Fermi, da Nasa. Imagem: NASA

Lucas Siconato, astrofísico membro da equipe, disse à Assessoria de Imprensa do IAG-USP que, para a construção do mapa, o grupo atribuiu a cor vermelha à radiação gama de energia alta, cor verde para a luz gama de energia bastante alta e azul para a luz gama de energia altíssima. “Para efeito de comparação, a radiação que aparece nessa imagem possui energia entre cem milhões e um trilhão de vezes aquela da luz visível, e é invisível aos olhos humanos”, explicou.

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“Isso permite que a imagem realmente funcione como um mapa das fontes mais energéticas do céu e nos dê informações sobre que tipo de emissões temos em cada uma delas usando cores que nossos olhos podem distinguir”, disse Douglas Carlos, membro da equipe e bolsista da FAPESP.

Há duas estruturas importantes no mapa: a primeira é o plano da nossa própria galáxia, que aparece na região central da imagem como uma faixa horizontal e bastante brilhante. A segunda são as bolhas de Fermi, que são vistas também na região central da imagem se projetando acima e abaixo do plano da Via Láctea.

Elas são caracterizadas visualmente por uma cor azulada e estão associadas a alguma atividade recente de Sagitário A, o buraco negro supermassivo localizado no centro da nossa galáxia.

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