Presidente da Argentina diz que 'dois modelos' se enfrentam nas eleições legislativas

Por Rogerio Magno em 05/09/2021 às 18:14:16
A partir de 12 de setembro, serão realizadas na Argentina as primárias abertas e simultâneas para as eleições legislativas de meio de mandato. O peronista Alberto Fernandéz comanda o país desde dezembro de 2019, quando sucedeu Maurício Macri, que tentava a reeleição. Imagem de Alberto Fernández, da Argentina, em 6 de agosto de 2021

Gabriel Bouys/Reuters

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmou neste domingo (5) que "dois modelos de país" se enfrentarão nas cruciais eleições legislativas de meio de mandato, cujo primeiro capítulo serão as primárias abertas e simultâneas em 12 de setembro.

"Estamos diante de dois modelos de país claramente opostos que olham para os problemas das pessoas de uma maneira diferente. E entender a dimensão da discrepância é fundamental para construir o futuro", disse o presidente em uma coluna de opinião publicada no portal de notícias Infobae.

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Na nota intitulada "O dia 100", Fernández destacou que desde que assumiu seu governo em 10 de dezembro de 2019 teve apenas "99 dias de normalidade sanitária" antes que a pandemia do coronavírus fosse declarada.

Fernández afirmou que, para os argentinos, "enfrentar a pandemia vivida em um contexto negativo gerado pelo estrondoso fracasso do governo que nos precedeu deveria ser motivo suficiente para explicar tanta incerteza", referindo-se à gestão de Mauricio Macri (2015-2019).

A coluna foi publicada uma semana antes das Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias (PASO), em que serão definidas as listas para as eleições legislativas de 14 de novembro na Argentina, instância chave para o governo do peronista de centro-esquerda Fernández, que assumiu o poder em um país com dois anos de recessão.

Será essencial o que acontecer na província de Buenos Aires, tradicional enclave peronista que tem um terço do eleitorado do país; enquanto a capital, entre outras grandes cidades, é um bastião da aliança opositora Juntos (radicais social-democratas e direita liberal) de Macri.

A coalizão governamental Frente de Todos está empenhada em sustentar uma reativação econômica que começa a ser vista nos índices, mas não se reflete nos bolsos dos argentinos, atingidos também por uma inflação que não cede e acumulou 29,1% de janeiro a julho.

"Todas as estimativas mostram que, ao final deste ano, a Argentina terá crescido mais de 7%", escreveu Fernández.

Com 63% dos 45 milhões de argentinos vacinados contra a Covid-19 com pelo menos uma dose, entre os quais 36% têm o esquema completo, há uma diminuição constante dos casos e uma gradativa reabertura das atividades. A Argentina acumula 5,2 milhões de infecções e mais de 112 mil mortes.

Depois das PASO, que se tornaram uma espécie de grande pesquisa eleitoral, os argentinos irão às urnas no dia 14 de novembro para renovar um terço do Senado e metade da Câmara dos Deputados.

Fonte: G1

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