Em meio à escalada de tensão no leste europeu, governo russo respondeu e afirmou que qualquer medida contra Putin seria politicamente destrutiva, mas não dolorosa. Joe Biden ameaça aplicar sanções individuais a Putin
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou na terça-feira (25) que considera impor sanções pessoais ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, se a Rússia invadir a Ucrânia (veja no vídeo acima). Horas depois, o governo britânico disse que não descarta fazer o mesmo.
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O governo russo respondeu nesta quarta-feira (26) e afirmou que qualquer medida contra Putin seria politicamente destrutiva, mas não dolorosa. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que os políticos dos EUA que falam sobre possíveis sanções pessoais contra o presidente russo não têm conhecimento especializado suficiente sobre o assunto.
Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Joe Biden, se cumprimenam ao chegar para reunião na 'Villa la Grange', em Genebra, na Suíça. em 16 de junho de 2021
Patrick Semansky/AP
A rara ameaça pessoal ocorre em meio à escalada de tensão no leste europeu, com a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) posicionando tropas, navios e caças na região, em resposta ao acúmulo de tropas russas e exercícios militares perto de sua fronteira com a Ucrânia.
Rússia x Otan
A Rússia insiste que não planeja invadir a Ucrânia e diz que a crise na região está sendo impulsionada por ações da Otan e dos EUA. Putin vê a ex-república soviética como essencial na geopolítica da região e um "amortecedor" entre a Rússia e os países da Otan — e, por isso, exige que a o bloco político-militar garanta que a Ucrânia jamais fará parte do grupo.
A Otan é uma aliança político-militar dos EUA e do Canadá com países europeus que foi fundada em 1949, durante a Guerra Fria, para inibir o avanço da União Soviética na Europa e para proteger mutuamente os países-membros (pelo tratado, se um membro for atacado os demais são obrigados a reagir).
Com o fim da União Soviética e o colapso do bloco soviético, a Otan passou a se expandir em direção ao leste europeu, quase dobrando de tamanho (atualmente a organização tem quase 30 Estados-membros).
Países que faziam parte da União Soviética, como a Estônia, a Letônia e a Lituânia, ou ex-aliados da Rússia no Pacto de Varsóvia, como a Polônia, hoje estão sob influência da Otan — o que a Rússia não aceita e considera uma ameaça.
Os EUA e os países europeus dizem que não podem aceitar a exigência de impedir um país de querer entrar na Otan, não acreditam na versão russa de que não vai invadir a Rússia e ameaçam severas sanções econômicas se isso ocorrer.
Esta reportagem está em atualização.
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