União Brasil é homologado pelo TSE; Agripino descarta filiar Moro

Legenda nasce com herança bilionária e bancada composta por 81 deputados federais, 8 senadores e 3 governadores

Por Rogerio Magno em 09/02/2022 às 09:05:35

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, por unanimidade, a criação do União Brasil, novo partido político brasileiro, nesta terça-feira, 8. O relator seguiu a recomendação positiva do Ministério Público Eleitoral (MPE) e aprovou o pedido de registro do estatuto e do programa partidário da legenda. Criado a partir da fusão partidária dos antigos partidos PSL e Dem, há quatro meses, o União Brasil já nasce com um fundo bilionário e com uma bancada de peso, com 81 deputados federais em exercício, oito senadores e três governadores, conforme dados da Istoé Dinheiro.

Durante as eleições de 2018. Os dois partidos elegeram, juntos, 129 deputados estaduais e, em 2020, 552 prefeituras municipais. Entretanto, seu super tamanho é uma faca de dois gumes. Por um lado, todas as benesses de um super partido. Do outro, a fragilidade de um gigante que pode ser marcado por um racha entre seus membros diante das disputas eleitorais que ele deverá enfrentar em seu primeiro ano de vida. As lideranças nacionais e estaduais devem entrar em consenso para as articulações eleitorais de 2022.

Bastante otimista, o vice-presidente nacional do partido União Brasil, José Agripino Maia, comemorou a aprovação pelo TSE. "Não tínhamos a menor dúvida de que o partido seria homologado. Não existia nenhum questionamento, então a nossa expectativa sempre foi pela aprovação do União", festejou.

Agripino descarta Moro

"Não, não procede essa informação de que Moro será o nosso candidato à Presidência da República. Não houve nenhuma conversa", afirmou o ex-senador José Agripino Maia, ao descartar a possibilidade do pré-candidato Sergio Moro (Podemos), vir a assinar ficha no novo partido, que nasce da fusão entre PSL e DEM.

Apesar disso, em entrevista exclusiva ao AGORA RN, nesta terça-feira 8, Agripino não desconsiderou que possa ter existido uma provável procura, por parte de Moro, por "interlocutores" dentro do União Brasil para uma tentativa de "emplacar" sua filiação. Ele assegurou que não recebeu e tampouco foi procurado, "em nenhum momento, pelo pré-candidato do Podemos", para conversar sobre questões relacionadas às filiações ou nominatas.

Sem citar nomes, o vice-presidente do União Brasil enfatizou que a preocupação neste momento é priorizar a formação das nominatas para deputados estadual e federal, senador e de um nome forte, "para lutar contra a governadora Fátima Bezerra. Definidas essas questões, o próximo passo é discutir quem será o candidato à presidência. Mas isso será debatido até o último momento permitido pela legislação eleitoral, visto que o partido é formado por muitas lideranças, então terá que haver muitos diálogos", explicou.

O União Brasil se originou com parlamentares bolsonaristas decepcionados, que se elegeram com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas acabaram desiludidos com a forma do ex-capitão governar o país e, diante disso, abandonaram a base de apoio presidencial.

Questionado sobre quando serão fechadas as nominatas no Estado e se existe a possibilidade dele vir a ser o nome do partido para disputar a preferência do eleitorado potiguar para o governo do Rio Grande do Norte, Agripino afirmou que não. "Eu não posso ser candidato ao governo do Estado. Quanto às nominatas, vai ser fruto de muito debate. Não será do dia para a noite", reforçou.

Fonte: Portal Agora RN

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