Além de encerrarem a paralisação, os policiais civis também decidiram desocupar o prédio da governadoria, que havia sido ocupado na manhã desta sexta-feira (11). De acordo com o Sinpol, haverá uma reunião neste sábado, às 15h, entre a categoria e o chefe do Gabinete Civil do Governo do Estado, Raimundo Alves, para discussão de uma nova proposta para incorporação do Adicional por Tempo de Serviço. "Depois de um dia de muita luta, o Governo assumiu o compromisso de negociar a nossa proposta levando em conta a preservação da estrutura da carreira dos policiais civis, o que não tinha acontecido até então", diz a nota do Sinpol.
Os delegados da Polícia Civil, por sua vez, informaram que, apesar do fim da greve, não vão "realizar qualquer serviço extraordinário". "Por isso, pode-se dizer que, apesar de cumprir a decisão judicial, os delegados continuam mobilizados, visto que por causa do baixo efetivo da PCRN, muitas delegacias, principalmente no interior, só funcionam porque os policiais utilizam seu horário de folga para suprir a demanda", aponta a nota da Adepol.
O intuito da greve era se manifestar contra a retirada do benefício, considerado um direito conquistado pelos trabalhadores pelo tempo de serviço público. O Adicional por Tempo de Serviço foi alvo de ação do Ministério Público Estadual, que considera o pagamento do benefício inconstitucional. O processo ainda não chegou ao fim, mas ameaça os vencimentos da categoria.
O adicional por tempo de serviço é um benefício anual que incrementa 1% do salário nos vencimentos do servidor para cada ano de serviço. Portanto, um agente com 10 anos de serviço, por exemplo, perderia 10% de salário referente ao ADTS. Os agentes pedem que o Governo encontre uma solução para atender o pleito do MP, a partir da formulação de um projeto de lei para dar segurança jurídica à continuidade de pagamento do ADTS.