União Europeia anuncia sanções contra bancos, empresas estatais e setores de energia e transporte da Rússia

Por Rogerio Magno em 24/02/2022 às 23:43:46
Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen disse: 'Esses eventos marcam o começo de uma nova era. Putin está tentando subjugar um país europeu amigável. Ele está tentando redesenhar o mapa da Europa à força'. Ursula von der Leyen durante entrevista em Bruxelas, em 27 de julho de 2021

Stephanie Lecocq/Reuters

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou na madrugada desta sexta-feira um pacote de sanções da União Europeia à Rússia. Ela apresentou as medidas em cinco pontos:

Sanções financeiras que têm como alvo 70% do mercado bancário da Rússia e empresas estatais estratégicas, incluindo de defesa.

Sanções no setor de energia, uma área econômica chave que beneficia especialmente o estado russo. Banir as exportações vai "atingir o setor de petróleo tornando impossível para a Rússia modernizar suas refinarias", disse Ursula.

Banir a venda de aeronaves e equipamentos para as linhas aéreas russas.

Limitar o acesso da Rússia a tecnologias cruciais, como semicondutores e softwares de ponta.

Restringir vistos. Diplomatas, grupos relacionados e homens de negócio russos não vão ter mais acesso privilegiado à União Europeia.

Na declaração sobre o pacote, a UE pede "que a Rússia cesse imediatamente suas ações militares, retire incondicionalmente todas as suas forças e equipamentos militares de todo o território da Ucrânia e respeite a integridade territorial, soberania e independência" deste país.

No Twitter, Ursula von de Leyen escreveu:

"Esses eventos marcam o começo de uma nova era. Putin está tentando subjugar um país europeu amigável. Ele está tentando redesenhar o mapa da Europa à força. Ele deve e vai falhar'".

A Rússia, apontam os líderes europeus no texto, é "plenamente responsável por este ato de agressão e toda a destruição e perdas de vidas humanas que causará. Será responsabilizada por suas ações".

Ursula von der Leyen, disse que, com as sanções, "debilitaremos a base econômica da Rússia e sua capacidade de modernização".

"Além disso, congelaremos os ativos russos na UE e impediremos o acesso dos bancos russos ao mercado financeiro europeu", adiantou.

"Precisamos de sanções dolorosas", disse o primeiro-ministro da Bélgica, Alexander De Croo, ao chegar à sede da reunião, utilizando uma expressão que, com numerosas variantes, foi repetida por várias fontes à agência de notícias AFP.

Sanções dos EUA

O presidente americano, Joe Biden, anunciou um pacote de sanções na quinta-feira (24) e disse que vai limitar as transações em dólar para empresas russas.

Joe Biden, presidente americano, durante discurso na Casa Branca nesta quinta-feira (24)

Leah Millis/Reuters

O democrata anunciou que novas sanções seriam divulgadas. Poucos minutos depois a Casa Branca apresentou um documento onde especifica quais são as punições previstas.

Entre elas, se destacam:

O fim da conexão entre o sistema financeiro americano com a maior instituição financeira da Rússia, o Sberbank, e bloqueios contra o VTB Bank, Bank Otkritie, Sovcombank OJSC e Novikombank;

Restrições ao patrimônio de treze empresas russas;

Bloqueio total às elites russas e seus familiares;

Medidas também contra Belarus com sanções a 24 indivíduos e entidades do país.

Biden também fez questão de reforçar que suas tropas não irão entrar em combate na Ucrânia, mas que irão defender os aliados da Otan no leste europeu.

Rússia invade a Ucrânia: veja como foram as primeiras horas de ataques

"Putin é o agressor. Putin escolheu esta guerra. E agora ele e seu país arcarão com as consequências", disse Biden.

Após ser questionado por um jornalista, o presidente americano disse que "Putin quer , na verdade, restabelecer a antiga União Soviética".

Fonte: G1

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