Lyarah Vojnovic mora há dois anos na Ucrânia com seus dois filhos e o marido Maycon. Sogros dela também estão presos no país europeu. Pai de influencer capixaba que vive na Ucrânia falou sobre invasão russa ao país
O pai da influencer brasileira Lyarah Vojnovic, Marcelo Vojnovic, falou da apreensão que sente no Brasil ao saber da situação dela, do genro e dos netos na Ucrânia, após o início da invasão pela Rússia.
Marcelo está em Vitória e disse que um prédio ao lado do hotel onde a filha e a família estão foi invadido por soldados russos.
"Essa manhã, por exemplo, o Exército russo já começou a entrar em Kiev e o prédio ao lado do hotel onde eles estão foi invadido. Dois soldados russos foram na recepção do hotel que eles estão e as pessoas que trabalham na recepção do hotel levantaram uma bandeira que eles imprimiram do Brasil para mostrar que os brasileiros estão ali", disse.
A capixaba Lyarah Vojnovic mora na Ucrânia com o marido Maycon e os filhos
Reprodução/Instagram
Lyarah e Maycon
Morando com a família há dois anos na Ucrânia, a capixaba Lyarah pediu ajuda ao governo brasileiro para deixar o país europeu. Em vídeo publicado nas redes sociais, a influencer cristã relatou o clima de apreensão no país.
"Os noticiários estão dizendo que já está tudo certo e calmo, só que não. Nós ainda estamos presos num hotel e ninguém dá uma posição sobre o que fazer ou se a gente já pode sair. É desesperador ver nossos filhos, as pessoas que estão se abrigando aqui. Eu saí da minha casa correndo, não consegui pegar os meus cachorros. É muito difícil para nós e como para a nossa família que vive no Brasil. Peço ajuda e a oração de vocês", contou no vídeo.
Ela é casada com Maycon, que atua como volante do time de futebol ucraniano Shakhtar Donetsk. Há dois anos, o casal se mudou para Ucrânia, onde vivem com os dois filhos. No entanto, além deles, os pais de Maycon também estão presos no país europeu neste momento.
O pai de Lyarah explicou que viu a filha no Brasil há duas semanas, quando ela esteve em Vitória, e contou sobre a preocupação com os netos.
"Para nós a distância é muito angustiante, porque a gente não sabe qual vai ser o fim. Eles [os netos] não imaginam o que estão passando ali. O mais velho virou para a mãe e perguntou porque estavam todos juntos e não saem dali", contou o pai da influenciadora.
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Marcelo disse ainda que os relatos da filha mostram que está começando a faltar alimento e água, porque eles estão usando o que o hotel está dando.
"O nosso coração fica partido porque a gente se sente impotente por não saber quando e se vai acontecer esse abraço. Não tem direção de ninguém. Essa invasão de Kiev vai dificultar a saída deles. Quando a imprensa brasileira anunciou, no mínimo, o governo brasileiro deveria ter feito algo, porque mais de 5 milhões conseguiram sair pela fronteira e os nossos não conseguiram porque pediram para eles aguardarem", relatou.
Capixaba que vive na Ucrânia pediu ajuda ao governo brasileiro em vídeo divulgado nas redes sociais
Guerra na Ucrânia
A guerra na Ucrânia entrou nesta sexta-feira (25) no segundo dia. É o maior ataque de um país contra outro desde a Segunda Guerra Mundial, há 80 anos.
Veja o que aconteceu até então.
O ataque
Vladimir Putin autorizou o início da operação às 5h de quinta (24), zero hora de Brasília.
O ataque foi simultâneo por terra, ar e mar e contra diferentes cidades.
Ao longo da quinta, enquanto bases militares eram destruídas, tropas avançavam no território ucraniano por praticamente todos os lados.
Pelo norte da Ucrânia, militares russos rapidamente tomaram Chernobyl.
Nesta sexta-feira pela manhã, em paralelo a mais bombardeios, o efetivo russo se aproximava da capital, Kiev.
A defesa
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirma ser o alvo número um da ofensiva russa e diz que nem sua família está a salvo. Mas uma agência russa informou que ele está disposto a negociar.
A TV ucraniana chegou a ensinar como fazer coquetéis-molotov para que civis revidassem a invasão por terra.
O governo ucraniano alega ter derrubado algumas aeronaves de Moscou.
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Os mortos
As informações ainda são desencontradas.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, informou que ao menos 137 cidadãos ucranianos morreram após os ataques russos no país. Ainda de acordo com o líder ucraniano, outras 316 pessoas ficaram feridas nos combates.
O escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que há relatórios sobre pelo menos 127 vítimas civis na Ucrânia, sendo que 25 pessoas foram mortas, e 102, feridas por causa de bombardeios aéreos.
Seguindo a embaixada da Ucrânia no Brasil, tropas de Kiev abateram sete aviões, seis helicópteros, mais de 30 tanques e 130 veículos blindados, com 800 soldados russos mortos. A Rússia não tinha informado o número de baixas.
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