De acordo com Dan Lindsey, cientista do programa na NOAA, “a série GOES-R tem sido distinta em sua capacidade de detectar incêndios florestais”. Segundo ele, o GOES-T seria capaz de ajudar a frota com sua própria ABI.
“Os incêndios têm sido muito ativos em todo o continente ocidental dos EUA, e por isso [o grupo de satélites] está em uma posição ideal lá fora para ver de perto esses incêndios”, disse Lindsey. “A ABI é ideal para detectar a assinatura térmica, ou os pontos quentes dos incêndios. Às vezes é até capaz de detectar os incêndios antes do relato do público; essa é uma informação realmente crítica para os bombeiros, para que eles possam cuidar dos incêndios antes que saiam do controle”.
Lindsey acrescentou que a ABI pode até rastrear a fumaça dos incêndios para que os meteorologistas saibam quando as plumas estão se aproximando das principais cidades. Também consegue rastrear cinzas vulcânicas e relâmpagos de tempestades, que exigiriam ajustes nas rotas de voo da aviação. Em janeiro, a erupção de Tonga, por exemplo, criou uma onda de pressão maciça que foi vista no espaço tanto pelo GOES-16 quanto pelo GOES-17.
“Os benefícios de curto prazo da previsão do GOES-T também contribuirão para melhores previsões de longo alcance, já que o satélite trabalha com o resto da frota e outros satélites”, disse James Yoe, administrador-chefe do Centro Conjunto de Assimilação de Dados por Satélite, que trabalha para usar essas informações para previsões climáticas de longo prazo.
Yoe apontou para métricas como “velocidade do vento e direção em diferentes níveis da atmosfera” como um dos dados que o GOES-T reunirá para melhorar os modelos climáticos. “O mapeador de raios se alimentará de previsões de tempestades, enquanto os olhos no clima solar melhorarão as previsões solares — quando unidos com outras informações de satélites já ativos”, observou Yoe.
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Fonte: Olhar Digital