Na sexta-feira (4), a moeda norte-americana fechou em alta de 1,03%, a R$ 5,0778. Foto de arquivo mostra notas de dólar em Westminster, Colorado
Reuters/Rick Wilking
O dólar abriu em alta nesta segunda-feira (7), em dia de forte alta nos preços internacionais do petróleo, após a notícia de que os Estados Unidos, os seus parceiros europeus e o Japão estão avaliando uma proibição das importações de petróleo da Rússia.
Às 9h05, a moeda norte-americana subia 0,24%, cotado a R$ 5,09. Veja mais cotações.
Na sexta-feira, o dólar fechou em alta de 1,03%, a R$ 5,0778, mas registrou queda de 1,52% na semana No ano, acumula baixa de 8,92% no ano frente ao real.
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Cenário global
Os preços do petróleo tipo Brent chegaram perto de US$ 140 nesta segunda-feira, depois que a Casa Branca afirmou que estava discutindo com outros países uma proibição da importação de petróleo russo.
O ouro - um valor refúgio em períodos de incerteza - superou por alguns minutos a marca de 2.000 dólares a onça (28 gramas). Já o euro ampliou a sua queda, atingindo a paridade com o franco suíço, um porto seguro, enquanto as 'commodities' de uma maneira geral seguiam em alta.
A guerra na Ucrânia tem provocado uma escalada nos preços das commodities e da energia, elevando os temores de um aumento da inflação global.
No fim de semana, Visa, Mastercard, PayPal, FedEx, Airbnb, Inditex, American Express, TikTok, PwC, KPMG e Netflix engrossaram a lista de empresas que estão suspendendo as operações na Rússia em meio aos conflitos com a Ucrânia. A Shell reafirmou que interrompeu a maior parte de suas atividades que envolvem o petróleo russo, mas ressaltou que segue adquirindo a commodity e outros derivados para algumas refinarias e plantas químicas “para garantir a produção de combustíveis e produtos essenciais dos quais as pessoas e as empresas dependem todos os dias”.
Moedas de países exportadores de petróleo, metais, milho e trigo, entre outras commodities, entretanto, têm sido beneficiadas pela escalada dos conflitos na Ucrânia, já que temores de interrupção da oferta impulsionaram os preços desses produtos a máximas em vários anos.
Os juros em patamares elevados no Brasil e a perspectiva de novas elevações na Selic têm contribuído também para o fluxo de dólares para o país e para a valorização do real nas últimas semanas.
Projeções para o Brasil
Os economistas do mercado financeiro elevaram pela oitava semana seguida a estimativa de inflação para 2022 e também passaram a projetar uma alta maior do nível de atividade neste ano.
Para o IPCA, a expectativa dos analistas dos bancos subiu de 5,60% para 5,65% em 2022. Já a previsão para alta do PIB avançou para 0,42%.
O mercado manteve a expectativa para a taxa básica de juros da economia em 12,25% ao ano para o fim de 2022. Atualmente, a Selic está em 10,75% ao ano.
A projeção para a taxa de câmbio no fim de 2022 recuou de R$ 5,50 para R$ 5,40. Para o fim de 2023, caiu de R$ 5,31 para R$ 5,30 por dólar.