Ezequiel e FĂĄtima tĂȘm encontro marcado para definir candidaturas

União entre MDB e PSDB foi confirmada oficialmente no Ășltimo fim de semana e encontro da governadora com o presidente da Assembleia alimenta especulações nos bastidores polĂ­ticos

Por Rogerio Magno em 21/03/2022 às 20:41:38

Os bastidores polĂ­ticos no Rio Grande do Norte estão cada vez mais movimentados. Nos Ășltimos dias, a possibilidade de definição de uma chapa de oposição à reeleição da governadora FĂĄtima Bezerra (PT) ganhou um novo episódio com o anĂșncio oficial da união entre os dois partidos com maior nĂșmero de prefeitos no Estado, o MDB e o PSDB, liderados pelo deputado federal Walter Alves e pelo deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira.

Isso era tudo o que estava posto até a manhã desta segunda-feira (21): MDB e PSDB juntos em 2022. Resta saber se eles caminharão juntos à base governista ou farão frente em uma chapa oposicionista, que hĂĄ muito anseia por alguns nomes importantes dessa ala, como o do ministro do Desenvolvimento Regional e pré-candidato ao Senado Federal, Rogério Marinho (PL).

Uma reunião entre o presidente da Assembleia e a governadora FĂĄtima Bezerra é esperada para ocorrer nos próximos dias, talvez ainda nesta segunda. A expectativa é que após o encontro, novas definições movimentem o tabuleiro do jogo polĂ­tico potiguar e a decisão de onde estarão o PSDB e o MDB finalmente seja conhecida.

Caso embarquem no palanque situacionista, PSDB e MDB devem ocupar lugar de destaque. Até poucas semanas atrĂĄs, o presidente emedebista, Walter Alves, era tido como o principal candidato a ocupar a vaga de vice-governador na chapa de FĂĄtima Bezerra, contudo, a aproximação de Carlos Eduardo Alves (PDT) com o Governo colocou em xeque a chegada de outros "Alves" ao grupo polĂ­tico de FĂĄtima.

O senador da situação

Uma das cadeiras mais concorridas é a de candidato ao Senado no palanque de FĂĄtima Bezerra. O PT tem hoje a representatividade de Jean Paul Prates no Congresso Nacional, mas essa cadeira estĂĄ sendo utilizada como moeda em troca de apoio polĂ­tico de outros grupos, como o do ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, que tem seu nome defendido por Raimundo Alves, secretĂĄrio chefe do Gabinete Civil e principal articulador polĂ­tico de FĂĄtima.

A candidatura do ex-prefeito de Natal nunca esteve certa. A governadora até o momento não afirmou que ele seria o seu senador, mas nos bastidores, o acordo é tido como praticamente definido hĂĄ algumas semanas. O partido do ex-prefeito tem sido enfraquecido nos Ășltimos dias com a saĂ­da de importantes membros, como quatro vereadores de Natal, que deixaram o partido na semana passada. A bancada do PDT que era de cinco vereadores na capital, hoje conta apenas com Nina Souza.

Essa cadeira, que jĂĄ pareceu muito mais próxima de Carlos Eduardo, pode ser oferecida a outra pessoa. Especulações dão conta de que o presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira (PSDB), poderia ser o senador de FĂĄtima, numa tentativa da governadora de tentar barrar o surgimento de uma chapa de oposição liderada pelo tucano.

Bacurau em novos ares

Não é só a possibilidade de candidatos ao Governo que estĂĄ agitando o meio polĂ­tico. As novas regras polĂ­ticas, que colocaram um fim definitivo no instituto das coligações partidĂĄrias, estão fazendo lideranças quebrarem a cabeça para formar nominatas fortes que deem condições de eleger deputados estaduais e federais nas eleições de outubro próximo.

Um dos nomes mais comentados na disputa proporcional é o do ex-presidente da Câmara dos Deputados e ex-ministro do Turismo no Governo Dilma Rousseff, Henrique Eduardo Alves. Tradicional membro do MDB, o bacurau tem visto seu nome ser ligado a um novo partido, o PSB, do deputado federal Rafael Motta.

O ex-deputado não é mais bem-vindo no ninho bacurau comandado pelos primos Garibaldi Alves e Walter Alves, que romperam oficialmente as relações com Henrique. Apesar de muito apegado à legenda, ele sabe que sua volta a BrasĂ­lia pode estar em risco se insistir em disputar as eleições pelo MDB, que terĂĄ como principal concorrente à Câmara o ex-senador Garibaldi Alves Filho.

A chegada do ex-ministro ao PSB é dada como certa. A cerimônia de filiação deverĂĄ contar inclusive com outro novo integrante da sigla, Geraldo Alckmin, que concorreu à presidĂȘncia da repĂșblica duas vezes pelo PSDB, hoje estĂĄ filiado à sigla socialista e deve acompanhar de perto a chegada do potiguar ao partido.

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