Enquanto buscava água potável para sua família em uma tarde ensolarada e fria, no final de fevereiro, Margarita Kiriukhina tentava ignorar os estrondos e baques dos bombardeios russos nas proximidades.
Na fila, com dois galões na mão, ela tentou aliviar a tensão, fazendo piadas com os vizinhos enquanto esperavam a vez deles no bebedouro. Apesar dos horrores que se abateram sobre sua cidade depois que a Rússia invadiu a Ucrânia, eles seguiam em fila de forma ordenada.
De repente, Kiriukhina ouviu um som de assobio vindo do alto. Depois de avistar algo com o canto do olho, ela gritou para que todos se abaixassem. A fila ficou rapidamente encharcada de sangue, o ar envolvido em gritos.
Moscou havia acabado de lançar um de seus notórios foguetes de fragmentação Smerch de 300 milímetros — um projétil que libera 72 submunições sobre uma área do tamanho de um campo de futebol — que atingiram Kiriukhina e seus vizinhos.
CNN BRASIL