Servidores abandonam reunião com governo e rejeitam proposta de reajuste de 8,4%

Por Rogerio Magno em 11/03/2023 às 07:42:12
Oferta do governo consiste em um reajuste de 8,4% a partir de abril. Foto: Agência Brasil

Oferta do governo consiste em um reajuste de 8,4% a partir de abril. Foto: Agência Brasil

Diversas categorias de servidores do Executivo ficaram insatisfeitas com a nova proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo federal durante a mesa permanente de negociação, levando alguns a abandonar a reunião em protesto. A oferta do governo consiste em um reajuste de 8,4% a partir de abril, com impacto na folha de maio, e a manutenção do acréscimo de R$200 no vale-alimentação. A informação é do O Globo.

Os servidores consideram que a nova proposta piorou a oferta inicial feita em fevereiro, durante a abertura da negociação. De acordo com Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate), a sinalização dada por Sérgio Mendonça, secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho do Ministério da Gestão, gerou uma "frustração total".

Ele declarou que os servidores não devem aceitar a nova proposta apresentada pelo governo. Segundo ele, o governo havia indicado a possibilidade de um reajuste de 8,5% em abril e 9% em maio, mas voltou atrás e propôs 8,4% na sexta-feira.

Os servidores acreditam que a nova proposta indica que o governo não pretende gastar todo o orçamento de R$ 11,2 bilhões destinado aos salários dos funcionários. Diante disso, os sindicatos, que haviam proposto um reajuste de 13,5%, já anunciaram que vão se reunir novamente para discutir uma nova demanda salarial ao governo.

A princípio, o governo propôs um reajuste salarial linear de 7,8% para todos os servidores do Executivo a partir de 1º de março, além de um aumento de R$ 200 no vale-alimentação, elevando-o de R$ 458 para R$ 658. Entretanto, de acordo com fontes do Ministério da Gestão, técnicos já consideravam a possibilidade de aumentar o reajuste para 9% e ampliar os benefícios, como o auxílio-creche.

Desde 2017, as carreiras da base do funcionalismo federal estão com os salários congelados, uma vez que o governo Bolsonaro não concedeu nenhum reajuste aos servidores. As carreiras de Estado receberam seu último reajuste em 2019.

Fonte: Portal 98 FM

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