Manutenção do reajuste do imposto é extremamente necessária, diz secretário
Também em entrevista à 98 FM na noite desta quinta-feira 31, o secretário de Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, voltou a defender a manutenção do aumento do ICMS em 2024. Segundo ele, a governadora Fátima Bezerra ainda não tomou a decisão sobre o assunto, mas, tecnicamente, não há alternativa.
"A minha leitura, extremamente técnica, do ponto de vista fiscal para a execução do orçamento de 2024, é que eu já vejo como extremamente necessária a manutenção da alíquota modal que a gente fez no ano passado. ( ) Do ponto de vista técnico, não tem outra alternativa. Não há uma decisão da governadora sobre o tema. Mas, do ponto de vista técnico, eu não tenho dúvida que vai ser necessário", enfatizou o secretário.
Carlos Eduardo Xavier destacou que, na avaliação dele, o Rio Grande do Norte não vai perder competitividade por causa do aumento de imposto.
O secretário de Fazenda potiguar ressaltou que, em Pernambuco, a governadora Raquel Lyra (PSDB) já enviou para a Assembleia Legislativa projeto para elevar o ICMS de 18% para 20,5% e que, no Ceará, já está sancionado pelo governador Elmano de Freitas (PT) o aumento de 18% para 20% a partir de 1º de janeiro de 2024. Na Paraíba, segundo Carlos Eduardo Xavier, o governo está "em vias" de também propor o reajuste.
"Todos os estados precisam fazer", disse o secretário.
Carlos Eduardo Xavier anunciou, também, que o governo está elaborando um projeto para criação de uma loteria estadual. O objetivo do projeto, caso seja aprovado pela governadora Fátima Bezerra, é incrementar a arrecadação do Estado. "Está se disseminando nos estados brasileiros", afirmou.
Durante a entrevista, o secretário enfatizou, ainda, que o Estado planeja iniciar o Novo Refis em setembro. Depois de aprovado na Assembleia, o programa dará até 99% de desconto em juros e multas para que contribuintes quitem débitos com o Estado. A expectativa do governo é arrecadar cerca de R$ 400 milhões à vista e renegociar algo em torno de R$ 1,5 bilhões em dívidas.