Deputada do PT aciona AGU para apurar pagamento indevido em auxílios na gestão Bolsonaro

Segundo a auditoria da CGU, R$ 1,97 bilhão foram pagos indevidamente por meio dos auxílios taxista e caminhoneiro

Por Rogerio Magno em 30/09/2023 às 22:58:46
Pedido de deputada é para apuração sobre pagamento de auxílios na gestão Bolsonaro - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Pedido de deputada é para apuração sobre pagamento de auxílios na gestão Bolsonaro - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A deputada Dandara Tonantzin (PT-MG) acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) para pedir a instauração de procedimento civil contra a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em ofício, a parlamentar pede que se apure, identifique e eventualmente responsabilize, cível e administrativamente, Bolsonaro e/ou demais agentes públicos pelo envolvimento em pagamentos indevidos dos auxílios motorista e caminhoneiro com prejuízos aos cofres públicos de R$ 1,97 bilhão.

O documento enviado pela deputada foi baseado em matéria feita pela CNN que apurou que o ministro da Controladoria-geral da União (CGU), Vinicius Carvalho, notificou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre indícios de irregularidades encontrados no pagamento de benefícios concedidos pelo governo anterior durante as eleições do ano passado.

Como diz o ofício, a auditoria da CGU apontou que esses auxílios, apesar de anunciados em 2021, começaram a ser pagos a partir de agosto de 2022, ou seja, às vésperas da eleição presidencial.

Fora do perfil
Em relação ao auxílio taxista, a auditoria apontou que 246 mil pessoas que receberam o auxílio estavam fora do perfil. Isso significa que 78% não tinham direito a receber o benefício, gerando um prejuízo de R$ 1,4 bilhão aos cofres públicos. Há casos de beneficiários que sequer possuíam carteira de habilitação.

Já no caso do auxílio caminhoneiro, as suspeitas recaem sobre o pagamento de R$ 582,8 milhões, que representam 25% do total pago — R$ 2,3 bilhões. Há situações de CPF irregular, sem habilitação, e com registro de óbito.

Fonte: CNN Brasil

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