Atualmente, 34 crianças com cardiopatias aguardam cirurgias urgentes no Rio Grande do Norte, devido à suspensão dos serviços de assistência cardiológica. A situação mobilizou Ministérios Públicos Estadual e Federal, além das Defensorias Públicas do Estado e da União, que entraram com uma ação civil pública na Justiça Federal.
Segundo a Associação Amigos do Coração da Criança (AMICO), 21 dessas crianças têm menos de cinco anos, e três são recém-nascidas. Um recém-nascido está aguardando há mais de três semanas pela transferência para a cirurgia.
Outro destaque é para 71 pacientes adultos, incluindo 49 idosos, aguardando cateterismos de urgência. Desses, 18 estão em Unidades de Pronto Atendimento. Mais de 180 pessoas também esperam por cirurgias cardiológicas eletivas.
A ação pede medidas urgentes em todas as esferas do Poder Executivo, do município de Natal ao Governo Federal, através do Ministério da Saúde.
A promotora de Justiça Iara Pinheiro destacou a necessidade de mais recursos para solucionar o problema e afirmou que o diálogo com os gestores da saúde será mantido.
Os serviços de assistência cardiológica de média e alta complexidade foram reduzidos desde setembro, coincidindo com o esgotamento do teto de financiamento para procedimentos de média e alta complexidade.
A Ação Civil Pública busca o restabelecimento imediato dos serviços de assistência cardiológica e medidas para solucionar a falta de financiamento da saúde pela União.
A promotora Rosane Moreno afirmou que as secretarias de saúde chegaram a uma situação de exaurimento e ressaltou a importância de atender à demanda real de atendimentos.
A defensora pública Cláudia Queiroz apontou a defasagem na tabela SUS e destacou a urgência na retomada dos serviços cardiológicos no Estado.
Fonte: Portal Diário do RN