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Política

Luciano Santos prevê renovação de mandatos nos municípios do RN


Luciano Santos é prefeito no município de Lagoa Nova e não pode mais ser reeleito prefeito da cidade/ Foto: Adriano Abreu

O presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte, Luciano Santos, acredita, baseado em pesquisas internas nos municípios, que a maioria dos 99 prefeitos que são pré -candidatos à reeleição, sairá vitoriosa das urnas em outubro.


Já no segundo mandato como prefeito de Lagoa Nova, na região da Serra de Santana, Santos acredita que a renovação "não chegará a 5%", assim como acredita que mesmo os prefeitos sem direito a reeleição, que como ele apoiará um candidato a sua sucessão, elegerá a maioria dos candidatos.


Luciano Santos apoiará a futura candidatura do presidente da Câmara Municipal de Lagoa Nova, vereador Lourival Adão.

Qual a expectativa de vitória dos prefeitos com direito à recondução aos cargos?
A maioria dos prefeitos que que vai disputar a reeleição está num momento razoável, eles estão com uma média de aprovação das gestões nos municípios de 70%, isso credencia a reeleição desses prefeitos como favoritos a eleição que se aproxima para 6 de outubro. Esse é o nosso ponto de vista que nós estamos vendo de forma tranquila, que os resultados saiam dentro dessa linha, com uma mínima possibilidade que em alguns municípios não consigam obter êxitos. Só serão muito poucos municípios. Eu acho que não chega a ultrapassar, dos que não conseguirem se reeleger, 5% dos prefeitos.

Então, o senhor acha que não haverá um alto índice de renovação do cargo de prefeito entre os que tentam a reeleição como ocorrem em 2020?
Sim, porque os que estão nos cargos, no momento, são prefeitos de origem popular, não seguem aquela velha política posta para a sociedade e o povo ficou mais antenado democraticamente, aqueles favoritos por serem de famílias e oligarcas, já não se apresentam mais nesse formato, é evidentemente que há em alguns municípios ainda vigente a oligarquia, mas essa oligarquia está vigente porque os prefeitos estão trabalhando bem pelo seu município.

O senhor acha que os 68 prefeitos também elegem os candidatos que apoiarem?
Os prefeitos que estão saindo do mandato, também estão bem avaliados, acredito ue pelo menos 30% ira ouvir o que aquele prefeito tem a dizer, o motivo porque apoia determinado candidato, o eleitor será tendencioso a ouvir, naqueles municípios onde o prefeito não se manifestou, pesquisas internas mostram que 70% do eleitor não interessado ainda, acho que porque o prefeito não se manifestou.

O senhor acha que a polarização ocorrida nas eleições de 2022, possa contaminar a campanha municipal em 2024?
Nós tivemos acesso a uma pesquisa mundial, feita para analisar o perfil do eleitor no mundo inteiro, na Europa, na América Latina, no Brasil, no Nordeste brasileiro. O que o cidadão está preocupado? Está preocupado inicialmente quando chega a eleição municipal, com a questão do seu município. Então entendo que essa polarização nacional postam ela de certa forma aventará algum formato contributivo na campanha do prefeito minimamente, porque o perfil do prefeito escolhido pelo eleitorado, vai ser o perfil daquele que é o gestor que além de estar ali conferido o dia a dia do município, é o cara que vai buscar recursos fora do municipio, vai atrás de emendas parlamentares, investimentos, pra que o município possa se desenvolver. O eleitor vai exigir isso, o eleitor está preocupado com o que está acontecendo na sua rua, no seu bairro, na sua cidade. Então a polarização nacional vai ser contributiva no sentido de apoio político para o candidato, mas não vai ser prevalente na escolha do eleitor com aquele nome, o que eu acredito muito que eleitor irá condicionar para votar, o eleitor consciente ele irá condicionar no seguinte a capacidade que esse prefeito tem de governar o seu município. Não vejo um meio de questões políticas partidárias serem fundamental na eleição.

Eleições extemporâneas modificam cenário

Entre os prefeitos postulantes à reeleição, estão vice-prefeitos que assumiram os cargos por impedimentos, afastamentos ou morte do titular, como é o caso do prefeito de São José do Campestre, Eribaldo Lima (MDB), que assumiu a gestão municipal em abril ano passado em decorrência do assassinato do então prefeito Neném Borges, mas que estava no segundo mandato.


Outro caso é do prefeito Augusto Alves, que sucede ao prefeito José Airton Bezerra desde dezembro de 2023 em Tangará, em função de afastamento judicial decorrente de ação de curatela movida por um filho.


Prefeitos eleitos em 2020 e que teriam direito à reeleição também foram afastados do cargo e estão fora da disputa eleitoral. Caso emblemático ocorreu em Pedro Velho, onde a prefeita eleita Dejerlane Macedo foi afastada do cargo por crime eleitoral, a vice-presidente da Câmara Municipal, vereadora Francisca Edna Lemos chegou a ser eleita em pleito suplementar, também foi cassada por igual motivo e agora, o candidato à reeleição será o novo prefeito Júnior Balada, eleito em pleito suplementar em 3 de março e foi diplomado dia 26 do mesmo mês.


Já em Ipanguaçu, o candidato à reeleição Remo da Fonseca Silveira (PP) havia ganho eleição suplementa em março de 2023, depois do afastamento do prefeito eleito em 2020, Valderedo Bertoldo do Nascimento, por crime eleitoral.


Outra situação de prefeito eleito em 2020, que não disputa a eleição é o de Hélio Willamy Miranda da Fonseca, que concorreu subjúdice, mas depois teve a sua candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral. Em novembro de 2021, o atual prefeito Arthur da Fonseca Teixeira venceu a eleição suplementar e agora concorrerá à reeleição.


Em Canguaretama, o prefeito eleito em 2020, Wellinson Dantas Ribeiro, também foi afastado do cargo, assumindo o presidente da Câmara, Wilsinho Ribeiro, que foi reeleito em pleito suplementar.


Também já se comenta que o prefeito Maciel Gomes (PL), de Senador Elói de Souza, desistiu de disputar à reeleição devido a problemas de saúde, mas conclui mandato em dezembro.


Já em João Dias, na região Oeste, o prefeito Francisco Damião de Oliveira (PP) eleito em 2020, chegou a renunciar ao mandato em julho de 2021, alegando que tinha sido coagido a deixar o cargo. Em outubro do mesmo ano, a então desembargadora Zeneide Bezerra determinou sua volta ao Executivo em lugar da vice Damária Jácome, que o havia substituído.

Tribuna do Norte

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