Ativistas nicaraguense, bielorrusso, iraniano e americano vencem o Nobel 'alternativo'

Por Rogerio Magno em 01/10/2020 às 09:01:41
O Right Livelihood Award foi criado em 1980 pelo filantropo, escritor e político sueco-alemão Jakob von Uexkull, depois que a Fundação Nobel se negou a criar prêmios para destacar os esforços em áreas como o meio ambiente e o desenvolvimento internacional. Nasrin Sotoudeh, iraniana que defende o direito de mulheres de seu país, em imagem sem data

Rightlivelihoodaward/Divulgação

Uma ativista da Nicarágua, outro da Belarus, uma advogada de direitos humanos do Irã e um jurista de direitos civis dos EUA foram anunciados como os vencedores do Right Livelihood Award, também conhecido como o Nobel "alternativo".

A militante ecologista e em defesa dos direitos indígenas nicaraguense Lottie Cunningham Wren, o bielorrusso Ales Bialiatski e sua ONG Viasna, a advogada iraniana Nasrin Sotudeh (que está presa) e seu colega americano Bryan Stevenson compartilharam o prêmio.

Ole von Uexkull, diretor executivo da Right Livelihood Foundation, destacou que os vencedores deste ano estão unidos na "luta a favor da igualdade, da democracia, da justiça e da liberdade".

O Right Livelihood Award foi criado em 1980 pelo filantropo, escritor e político sueco-alemão Jakob von Uexkull, depois que a Fundação Nobel se negou a criar prêmios para destacar os esforços em áreas como o meio ambiente e o desenvolvimento internacional.

O prêmio consiste em milhão de coroas suecas (R$ 622 mil) para cada vencedor, destinado a apoiar o desenvolvimento de seu trabalho.

No ano passado, Davi Kopenawa, o líder yanomami, venceu o prêmio.

Premiados de 2020

Cunningham Wren foi escolhida por sua "incansável dedicação à proteção contra a exploração e o saque das terras e comunidades indígenas" na Nicarágua.

Bialiatski e Viasna, "por sua luta resoluta pela consolidação da democracia e os direitos humanos em Belarus". A Viasna, que significa primavera, foi fundada por Bialiatski em 1996, em resposta à repressão do governo do presidente Alexander Lukashenko na Belarus.

A advogada Nasrin Sotudeh foi premiada por por seu "ativismo destemido, com grande risco pessoal, para promover as liberdades políticas e os direitos humanos no Irã". Ela cumpre uma pena de 12 anos por defender mulheres detidas em protestos contra o uso obrigatório do hijab (véu).

Bryan Stevenson foi reconhecido por seu "esforço inspirador para reformar o sistema judicial penal dos Estados Unidos e estimular a reconciliação racial ante um trauma histórico".

Fonte: G1

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