'Beatles' do Estado Islâmico serão extraditados para os EUA

Por Rogerio Magno em 07/10/2020 às 14:14:42
Por causa do sotaque inglês, quarteto foi apelidado de 'Os Beatles' por reféns. Dois membros do grupo estão presos no Iraque. O Reino Unido decidiu compartilhar provas com a Justiça dos EUA depois de receber uma garantia dos americanos que não haverá sentença de pena de morte. Alexanda Amon Kotey e El Shafee el-Sheikh faziam parte de uma célula de quatro membros do Estado Islâmico

Divulgação / Forças Democráticas Sírias / AFP

Dois membros de uma célula do Estado Islâmico conhecida como "Beatles" serão extraditados para os Estados Unidos nesta quarta-feira (7). Eles serão acusados de tomada de reféns e de assassinato, apontam documentos judiciais.

Alexanda Kotey e El Shafee el-Sheikh faziam parte de uma célula terrorista que sequestrou, torturou e decapitou vários estrangeiros, incluindo os jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff e o trabalhador humanitário Peter Kassig entre 2014 e 2015.

Esses dois jovens, com idades em torno dos 30 anos e que perderam a nacionalidade britânica, faziam parte de um quarteto apelidado de Beatles por seus reféns, devido ao sotaque inglês. Estão sob custódia dos EUA desde outubro de 2019 no Iraque.

"Eram os líderes de um grupo brutal responsável pelo sequestro de cidadãos europeus e americanos, entre outros, de 2012 a 2015", acrescenta o documento do tribunal.

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Os familiares das supostas vítimas dos "Beatles" celebraram a extradição como "um primeiro passo na busca por justiça".

Ambos são suspeitos de terem matado os britânicos Alan Henning e David Haines.

EUA pedem ajuda para obter provas

Em 2015, os Estados Unidos apresentaram um pedido de assistência jurídica mútua às autoridades britânicas para obter provas contra os dois "jihadistas". Londres colocou essa cooperação em "pausa" em 2018.

O governo do Reino Unido foi criticado porque não pediu aos EUA para que os dois não recebam a pena de morte.

Após dois anos de impasse, o caso dos membros dos "Beatles" deu uma guinada recentemente: o procurador-geral americano, Bill Barr, afirmou que ambos se livrariam da pena de morte se fossem julgados nos EUA. Isso permitiu que, no mês passado, Londres enviasse provas contra os dois.

Fonte: G1

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