Secretário de Estado dos EUA visita assentamentos de Israel em territórios disputados

Por Rogerio Magno em 19/11/2020 às 08:55:54
A ONU e a maior parte da comunidade internacional considera que Israel não tem soberania das Colinas do Golã. Os EUA reconheceram a região como israelense em 2019. Mike Pompeo, o secretário de Estado dos EUA, anunciou uma visita. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, anunciou nesta quinta-feira (19) que viajará para a região das Colinas de Golã, território que pertenceu à Síria e é ocupado por Israel desde 1967.

"Terei a sorte de visitar as Colinas de Golã", disse Pompeo durante uma entrevista coletiva.

A ONU e a maior parte da comunidade internacional não considera essa região um território israelense. O governo americano reconheceu em 2019 a soberania de Israel dessa área ocupada.

Israel diz que Golã é uma proteção contra as forças da Síria e do Irã.

Na quarta-feira, os israelenses atacaram alvos na Síria e afirmaram que era uma retaliação a um ataque a bomba feito na região de Golã.

Pouco depois do anúncio de Pompeo, uma rádio do exército de Israel noticiou que o secretário de Estado visitou um assentamento israelense na Cisjordânia.

Mapa mostra a localização das Colinas de Golã

G1

Boicote, Desinvestimento e Sanções

Os Estados Unidos vão considerar o movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) como antissemita, afirmou Pompeo na mesma entrevista coletiva.

O BDS é uma campanha internacional de boicote econômico, cultural, ou científico, contra Israel que deseja forçar o fim da ocupação e da colonização dos territórios palestinos.

O movimento segue o exemplo do boicote à África do Sul durante o apartheid --o isolamento internacional ajudou a acabar com o regime.

Em 2015, o BDS fez uma campanha para que os cantores Caetano Veloso e Gilberto Gil não se apresentassem em Tel-Aviv. Os brasileiros fizeram o show mesmo assim.

Veja uma reportagem da época.

Show de Gilberto Gil e Caetano Veloso gera polêmica em Israel

"A campanha mundial do BDS contra Israel será considerada antissemita. Queremos nos alinhar com outras nações que reconhecem o movimento do BDS pelo câncer que é", disse Pompeo.

Em fevereiro deste ano, Pompeo acusou a ONU de ser "anti-Israel", após a divulgação de uma lista de empresas que operam nas colônias israelenses em território palestino.

Israel considera que a campanha do BDS é antissemita e põe em xeque a existência do Estado de Israel, algo que o movimento nega.

Sob uma lei aprovada em 2017, Israel proíbe a entrada em seu território de estrangeiros que apoiem esta campanha.

O número de colônias israelenses na Cisjordânia, ocupada desde 1967, e em Jerusalém Oriental, a parte palestina da cidade ocupada e anexada por Israel, aumentou significativamente no governo de Netanyahu e, em especial, desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca há quatro anos.

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Fonte: G1

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