Geórgia certifica vitória de Joe Biden no estado

Por Rogerio Magno em 20/11/2020 às 15:02:06
Presidente eleito garantiu os 16 votos do estado e chegou a 306 delegados no Colégio Eleitoral, mas Trump ainda pode pedir uma nova recontagem. É a 1ª vez que um democrata vence na Geórgia desde 1992. Funcionária do serviço de contagem de votos levanta placa que indica apuração completa em um dos pacotes de cédulas em Atlanta, na Geórgia, em 14 de novembro

Brynn Anderson/AP

A recontagem manual dos votos na Geórgia confirmou a vitória de Joe Biden no estado, disseram nesta quinta-feira (19) autoridades eleitorais. Com isso, o presidente eleito passa a ser o primeiro democrata a vencer no estado desde Bill Clinton, em 1992.

Segundo números oficiais, Biden venceu Donald Trump por 12.284 votos de vantagem: uma redução de 496 votos em relação ao apurado inicialmente. O resultado será certificado oficialmente nesta sexta-feira (20).

Com a confirmação do resultado, o democrata chega a 306 delegados no Colégio Eleitoral, contra 232 do atual presidente, que não conseguiu se reeleger, segundo projeção da Associated Press.

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A recontagem ocorreu porque a apuração dos votos na Geórgia terminou com uma diferença muito pequena, de apenas 0,28 ponto percentual para Biden, o que dá direito a Trump de pedir a recontagem.

Funcionários da autoridade eleitoral do condado de Cobb, na Geórgia, fazem auditoria dos votos na segunda-feira (16) para a recontagem das eleições presidenciais dos EUA

Mike Stewart/AP

De acordo com o auditor Gabriel Sterling, a vantagem diminuiu porque as autoridades incluíram um pacote com novas cédulas que não haviam sido contadas na primeira apuração.

A pequena diferença em relação aos números divulgados anteriormente reforçam um padrão nas recontagens eleitorais americanas: na grande maioria das vezes, os resultados não mudam.

Como a diferença se manteve abaixo de 0,5 ponto percentual, Trump ainda terá a chance de pedir recontagem. Neste caso, porém, o procedimento ocorreria eletronicamente.

Caminho difícil para Trump

Presidente Donald Trump em imagem de 13 de novembro

Carlos Barria/Reuters

O resultado representa mais um revés para o presidente derrotado, que vem tentando reverter a vitória democrata nos tribunais — até agora, sem sucesso. Trump tem inclusive criticado autoridades da Geórgia, como o governador Brian Kemp e o secretário de Estado Brad Raffensperger, ambos republicanos.

Raffensperger chegou a denunciar republicanos próximos a Trump, como senador Lindsey Graham, por sofrer pressão para que interferisse na recontagem de votos para favorecer o presidente derrotado. O parlamentar negou qualquer intenção de intervir no processo.

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O Partido Republicano continua de olho na Geórgia porque o estado terá em janeiro segundo turno na eleição para senador. São duas cadeiras em jogo e, caso os republicanos percam ambas as votações, o Partido Democrata dominará o Senado por uma margem mínima: seriam 50 assentos para cada partido, o que daria à vice-presidente eleita Kamala Harris teria sempre o direito ao voto de minerva.

Os republicanos ainda tentam se movimentar em dois estados que deram vitória ao democrata: Michigan, onde os trumpistas pressionam fiscais e parlamentares para mudar o resultado, e Wisconsin, estado no qual Trump desembolsou US$ 3 milhões para pedir recontagem dos votos em condados altamente favoráveis a Biden.

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Fonte: G1

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