G1
Sete dos organizadores das manifestações contra o governo tailandês foram intimados nesta terça-feira (24); eles são investigados por 'insultos à monarquia', o que pode dar até 15 anos de prisão no país. Manifestantes fazem sinal com três dedos erguidos, em desafio ao poder da realeza da TailândiaGemunu Amarasinghe/APAutoridades da Tailândia convocaram ao menos sete dos líderes de protestos contrários ao governo do país para prestar depoimento nesta terça-feira (24), segundo fontes da polícia e de movimentos sociais confirmaram à agência de notícias Reuters. A intimação acontece um dia antes de uma grande manifestação, que está marcada para acontecer nesta quarta-feira, em Bangkok. A capital do país vem sentindo um aumento da pressão popular contra o governo e a família real, e já registrou mais de 30 mil pessoas nos protestos iniciados em julho.Parit "Pinguim" Chiwarak, um dos sete convocados pela polícia tailandesa, disse à Reuters que ele e sua família receberam a intimação, mas disse não estar preocupado."Isso vai expôr a brutalidade do sistema feudalista tailandês para todo o mundo", disse Chiwarak. "Nós vamos seguir lutando."Os manifestantes foram chamados a depor em uma investigação dos crimes de lesa majestade – eles teriam insultado a monarquia tailandesa, um crime no país. Caso sejam considerados culpados, poderão pegar até 15 anos de prisão.A última vez em que alguém foi punido com base nesta lei, em defesa da família real, foi em 2018.