Israel extradita para a Austrália mulher acusada de 74 casos de pedofilia

Malka Leifer, uma israelense, enfrenta acusações de 74 pessoas na Austrália, onde ela foi diretora de uma escola. Ela voltou ao seu país natal em 2008, e responde na Justiça desde 2014. Malka Leifer é conduzida por uma policial em setembro de 2018

Ahmad Gharabli / AFP

Uma ex-diretora de colégio que enfrenta 74 acusações de abuso sexual de meninas foi extraditada nesta segunda-feira (25) de Israel, seu país natal, para a Austrália, onde ela enfrenta as ações na Justiça.

Malka Leifer, a suspeita, fugiu da Austrália, onde era diretora de um colégio judeu ultra-ortodoxo, em 2008, depois de ser denunciada por uma ex-aluna.

De acordo com a mídia israelense, ela passou a viver com sua família em um assentamento israelense no norte da Cisjordânia ocupada.

Leifer nega todas as acusações contra ela. O caso está na Justiça israelense desde 2014. Ela já protocolou um relatório em que afirma ter doença mental em seu processo. Em 2018, ela foi presa.

Israel autorizou sua extradição em meados de dezembro de 2020, depois que a Suprema Corte do país rejeitou um recurso de Leifer, e, assim encerrou uma batalha legal de seis anos.

"Depois de muitos anos, após uma tentativa abjeta de se passar por doente mental e, à luz da decisão da Suprema Corte, é nosso dever moral permitir que ela seja processada", afirmou o então ministro da Justiça, Avi Nissenkorn.

Expulsão de Israel

Um comunicado do ministério da Justiça confirmou a expulsão, depois que a mídia israelense informou que Leifer, uma israelense, embarcou em um avião para a Austrália.

Sua extradição ocorre horas antes da suspensão dos voos internacionais de e para o aeroporto Ben-Gurion, em Tel Aviv, como parte de novas medidas de saúde destinadas a limitar a disseminação de variantes do coronavírus.

O caso causou tensões entre Israel e Austrália, dois países aliados.

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