União Europeia discute sanções contra a Rússia por violação de direitos humanos

Por Rogerio Magno em 21/02/2021 às 14:35:48

John Thys/AP

Os ministros europeus das Relações Exteriores se reúnem, nesta segunda-feira (22), em Bruxelas, para discutir a adoção de novas sanções contra a Rússia. As medidas visam punir funcionários russos e adotar eventuais restrições adicionais contra a Venezuela.

Se forem adotadas, as sanções serão uma resposta à detenção e à condenação do opositor russo Alexei Navalny e à má recepção ao chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, durante sua visita a Moscou, no início de fevereiro.

Na ocasião, o chanceler russo, Serguei Lavrov, declarou, em alusão ao clima tenso com os europeus, que “mesmo querendo a paz, é preciso estar pronto para a guerra.”

Quem é Alexei Navalny?

Na reunião desta segunda-feira, os representantes europeus também devem discutir maneiras de evitar o fim do acordo nuclear com o Irã, a situação em Hong Kong e o recente golpe em Mianmar. O novo secretário de Estado americano, Antony Blinken, participará das discussões por videoconferência.

As relações com o governo russo, entretanto, devem dominar as discussões. A pressão por mais sanções contra autoridades do país, além das medidas que a UE já aplica contra a Rússia, pode levar diplomatas europeus a ativarem um novo dispositivo, chamado de regime global, aprovado em dezembro pelo bloco, que permite sanções por violação dos direitos humanos.

Nova cúpula

É uma decisão política: definir qual regime adotar para justificar as sanções. A UE já aplicou um critério geográfico, no caso de sanções pela situação na Ucrânia, e o regime de uso de substâncias químicas, para aplicar sanções à Rússia”, diz um diplomata. Agora, "haverá um critério sobre os direitos humanos, e haverá uma discussão sobre se ele pode ser aplicado à Rússia", completou um diplomata que participará das discussões.

Tela na sede da União Europeia em Bruxelas, na Bélgica, mostra líderes de países europeus durante a cúpula de emergência

Olivier Hoslet/Pool via AFP

Os chanceleres também deverão definir as pessoas, ou entidades que serão afetados pelas medidas. A decisão será confirmada pelos líderes do bloco, em uma cúpula que acontecerá nos dias 25 e 26 de março.

A situação na Venezuela também poderá voltar à mesa de discussões dos principais diplomatas europeus. A atenção está voltada para o cenário político surgido das eleições legislativas realizadas em dezembro passado no país.

Veja VÍDEOS de notícias internacionais

Fonte: G1

Comunicar erro
Rede Ideal 1

Comentários

Telecab