Comentário vem no contexto de uma visita de dois secretários da Casa Branca à Coreia do Sul Equipamento militar é visto em desfile para celebrar o oitavo Congresso do Partido dos Trabalhadores em Pyongyang, na Coreia do Norte, em 14 de janeiro
KCNA via Reuters
O governo da Coreia do Norte disse nesta quarta-feira (17) que vai ignorar qualquer tentativa de contato feita pelos Estados Unidos enquanto Washington não abandonar o que chamou de "política hostil".
A mensagem, citada na agência sul-coreana Yonhap, foi divulgada pela vice-chanceler da Coreia do Norte, Choe Son-hui, e vem em um contexto de novas hostilidades entre Pyongyang e Washington.
"Nenhum contato ou diálogo entre Estados Unidos e Coreia do Norte poderá acontecer até que Washington abandone sua política hostil", declarou Choe. "Seguiremos, portanto, ignorando todas as tentativas futuras dos Estados Unidos."
Kim Yo-jong, irmã influente do líder norte-coreano, Kim Jong-un, advertiu na terça o governo americano a não "espalhar cheiro de pólvora em nossa terra se quiser dormir em paz pelos próximos quatro anos".
Visita a Seul
Secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, cumprimenta ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Chung Eui-yong, em visita a Seul nesta quarta (17)
Lee Jin-man/Pool via Reuters
A declaração foi feita por ocasião da visita do secretário de Estado Antony Blinken e do chefe do Pentágono, Lloyd Austin, a Seul, capital da Coreia do Sul, na segunda etapa da viagem dos americanos à Ásia para reforçar uma frente unida contra a Coreia do Norte e a China.
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Antony Blinken e Lloyd Austin vão se reunir amanhã com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, que, em 2018, foi o facilitador das negociações entre Kim Jong-un e o ex-presidente americano Donald Trump. A relação entre os dois, no entanto, não se traduziu em avanços para a desnuclearização do Norte, alvo de múltiplas sanções internacionais por seu programa armamentista.
Coreia do Norte exibe mísseis que podem ser lançados de submarino
Seul e Washington iniciaram na semana passada exercícios militares conjuntos. Blinken e Austin, que passaram pelo Japão, participaram de uma série de consultas sobre a política do novo governo americano para a Coreia do Norte.