Pai é acusado pela ex de vender filho recém-nascido do casal por R$ 4 mil

Por Rogério Magno em 03/04/2021 às 11:31:08

O delegado Alex Mendonça, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade, que estĂĄ à frente do caso explica que a mãe do bebĂȘ foi até a delegacia denunciar o ex-marido, pai do recém-nascido, por ter sido agredida por ele no dia 19 de março. Conforme a mulher, ele invadiu sua casa por uma janela e a agrediu com socos no rosto e em outras partes do corpo, fugindo em seguida.

Durante o registro da ocorrĂȘncia de lesão corporal, ela revelou que a briga ocorreu em virtude da venda do filho deles pelo ex, no dia 3 de março. "Com base nessas informações, instauramos um inquérito, e começamos a investigar o caso. Conseguimos chegar até as pessoas que haviam comprado o bebĂȘ", relata.

De acordo com Mendonça, com as informações, obtidas, inclusive, por meio do monitoramento das redes sociais, foi pedido ao Poder JudiciĂĄrio um mandato de busca para o recém-nascido, além do pedido de prisão do pai biológico e do comprador, solicitações que foram acatadas. "Na tarde de quinta-feira, nós localizamos a criança. Ela estava em uma casa no bairro do Itaim Paulista, na Zona Leste de São Paulo", relata.

Durante as buscas, os policias prenderam um empresĂĄrio de 33 anos, suspeito de comprar o bebĂȘ. Ele alegou que adotou a criança, e que ajudou a mãe durante a gravidez, para poder ficar com o bebĂȘ quando nascesse, jĂĄ que ele tinha o sonho de ser pai, junto com o companheiro, de acordo com o delegado.

"Eles fizeram uma adoção "à brasileira", como é dito. O casal registrou o bebĂȘ em seu nome, como se fossem os pais biológicos", afirma.

O empresĂĄrio foi levado para a Delegacia Sede de Praia Grande, junto com o companheiro. Em depoimento, ele disse que conseguiu o contato da mãe do bebĂȘ por meio de uma "comunidade" na internet. Ele teve a prisão preventiva decretada pela 2ÂȘ Vara Criminal de Praia Grande, e permanece detido. O companheiro dele foi ouvido e liberado logo em seguida.

O recém-nascido foi levado para uma casa de acolhimento em Praia Grande e, segundo o Conselho Tutelar, estava bem cuidado e não apresentava sinais de maus-tratos. Ele permanece à disposição do JuĂ­zo da Infância e da Juventude, que irĂĄ decidir o que fazer com o menino.

O pai biológico da criança, Ronaldo Alves de Souza, de 47 anos, teve a prisão decretada, mas permanece foragido. A mãe também segue sendo investigada, para apurar eventual participação dela na venda do bebĂȘ ao casal.

A polĂ­cia também suspeita de um possĂ­vel esquema de trĂĄfico de bebĂȘs e crianças, que usa as redes sociais para viabilizar os crimes. O caso segue em investigação na Delegacia de Defesa da Mulher de Praia Grande.

G1

Fonte: Blog do BG

Tags:   Polícia
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