Rede social vai incluir ícone em tuítes com hashtags relacionadas à 'aliança do chá com leite', que se coloca como rede de solidariedade contra o autoritarismo. Manifestantes com cartazes da 'Aliança do chá com leite', que reúne ativistas pró-democracia na Ásia, em 28 de fevereiro, em Mianmar.
YE AUNG THU/AFP
O Twitter lançou, nesta quinta-feira (8), um emoji sobre a chamada "aliança do chá com leite", um movimento que reúne ativistas pró-democracia na Ásia.
A aliança, que começou no ano passado e tem seu nome pela popularidade desta bebida doce em Hong Kong, Taiwan e Tailândia, coloca-se como uma rede de solidariedade contra o autoritarismo.
O movimento ganhou força quando, no final do ano passado, ativistas tailandeses que exigiam a reforma do governo e da monarquia começaram a emular as técnicas usadas por vários meses, em 2019, por manifestantes pró-democracia em Hong Kong.
O movimento se estendeu a Mianmar – onde o chá com leite condensado é um alimento básico no café da manhã –, após o golpe militar de 1º de fevereiro que derrubou Aung San Suu Kyi.
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"Para comemorar o primeiro aniversário da Aliança #MilkTea, criamos um emoji com 3 cores diferentes de chá com leite das regiões onde a Aliança foi formada", disse o Twitter na quarta-feira (7).
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A imagem aparece em qualquer tuíte com a hashtag "aliança do chá com leite" em inglês, tailandês, coreano e outros idiomas asiáticos.
O Twitter também apontou outros emojis desenvolvidos para apoiar movimentos sociais, incluindo emojis para as hashtags #MeToo e #BlackLivesMatter (vidas negras importam).
A rede social também apelou para que o acesso à internet fosse mantido em lugares que vivenciam instabilidade política.
Os militares restringiram acesso às redes sociais em Mianmar logo após o golpe.
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"Sempre em solidariedade, não importa quão duros sejam os tempos", tuitou Joshua Wong, uma das principais figuras do movimento pró-democracia de Hong Kong, após a notícia.
O termo foi usado no Twitter mais de 11 milhões de vezes desde abril de 2020, segundo a rede social, e voltou a ganhar força após o golpe de Estado em Mianmar.
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