10 anos de guerra na Síria deixaram quase 500 mil mortos, afirma ONG

Por Rogerio Magno em 01/06/2021 às 07:18:32
Balanço atualizado inclui mais 105 mil óbitos confirmados recentemente pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos. Quase metade são civis que perderam a vida torturados nas prisões. Sírios esperam para atravessar a rua em Damasco perto de cartazes do presidente da Síria, Bashar Al-Assad, em 18 de maio, dias antes da eleição presidencial

Firas Makdesi/Reuters

Quase 500 mil pessoas morreram em 10 anos de guerra na Síria, anunciou nesta terça-feira (1º) o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

O balanço atualizado inclui mais 105.015 óbitos confirmados recentemente pela ONG. Quase metade (42.103) são civis que perderam a vida torturados nas prisões do regime.

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A grande maioria das mortes que a organização conseguiu confirmar aconteceu entre "o fim de 2012 e o fim de 2015", afirmou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, à agência de notícias France Presse.

A guerra civil causou exatas 494.438 mortes desde 2011, segundo a ONG, que tem sede em Londres. Das vítimas do confronto:

159.774 eram civis, incluindo 25 mil menores de idade

168 mil eram combatentes pró-regime (metade deles soldados sírios)

79.844 mortes eram rebeldes, incluindo os islamitas

68.393 eram extremistas, principalmente do Estado Islâmico e do Hayat Tahrir al-Sham, ex-braço sírio da Al-Qaeda

57.567 mortes nas prisões governamentais e outros centros de detenção do regime

A ONG diz que os ataques do regime sírio e de suas milícias são responsáveis pela maioria das mortes e que o balanço não inclui quase 47 mil mortes em penitenciárias que não conseguiu confirmar.

A intensidade dos combates caiu desde 2020, sobretudo graças a um cessar-fogo no noroeste da Síria que inclui a cidade de Idlib, o último reduto extremista e rebelde, e também devido à pandemia, que concentrou esforços de todos os lados para minimizar os impactos da Covid-19.

O presidente Bashar Al-Assad, no poder desde 2000, foi reeleito em maio para um quarto mandato de sete anos. Opositores e países inimigos do regime dizem que eleição foi ilegítima.

Sírio faz selfie com cartazes de Bashar Al-Assad na capital do país, Damasco, antes da eleição presidencial, na quarta (25)

Hassan Ammar/AP

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Fonte: G1

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