Cientistas a serviço da fabricante de chips ARM desenvolveram um novo tipo de processador, feito em “plástico”, direcionado a eletrônicos vestíveis (wearables como smartwatches e pulseiras fitness) e dispositivos IoT (“Internet das Coisas”, na sigla em inglês).
Ainda em fase conceitual, o apelidado “PlasticArm”, segundo a ARM, não é exatamente “feito de plástico”, mas sua flexibilidade o coloca perto disso: trata-se de uma tecnologia de metal transistora em formato de filme ultrafino, posicionada sobre um substrato flexível.
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Segundo o paper divulgado pela própria empresa, a tecnologia foi originalmente apresentada por ela em 2015, em caráter não funcional. Avançando cinco anos para outubro de 2020, evoluções tecnológicas lhe permitiram criar uma versão aplicável do conceito – essa é a versão detalhada no estudo divulgado.
A ideia, se usada de forma comercial, deve atacar um problema comumente enfrentado por empresas de artigos semicondutores: processadores atuais não são nada flexíveis, e essa limitação costuma ser resolvida com uma literal “gambiarra”: normalmente, as fabricantes separam chips em unidades menores, conectando-as com fiação flexível e anexando-as em polímeros também flexíveis.
Em outras palavras: os chips continuam rígidos, mas os fios que os ligam se dobram.
A solução da ARM é elegante e, segundo a empresa, potente: apesar do PlasticArm ser um processador de “apenas” 32 bits (especificamente, um Cortex-M0) com 128 bytes de memória RAM e 456 bytes de armazenamento, ele é “pelo menos 12 vezes mais complexo” do que aplicações atuais, promete a empresa.
Evidentemente, ainda tem um longo caminho antes da ARM aplicar seu processador de “plástico” em tecnologias do nosso dia a dia, mas o fato de eles terem evoluído o conceito para um processo tecnologicamente aplicável é um salto considerável e, no futuro, quem sabe isso não se traduz em pulseiras fitness com maior capacidade de análise do seu corpo ou então embalamento e desenvolvimento de pacotes mais inteligentes?
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Fonte: Olhar Digital