Xi Jinping é o 1º presidente da China a visitar o Tibete em 31 anos

Por Rogerio Magno em 23/07/2021 às 11:59:45
Durante a presidência de Xi Jinping, a China ampliou sua influência na América Latina

Getty Images via BBC

Xi Jinping está há dois dias em visita oficial à região do Tibete, a primeira de um presidente chinês em 31 anos, informou a agência de notícias chinesa Xinhua nesta sexta-feira (23).

A viagem coincide com o 70º aniversário da invasão do Tibete pelas tropas comunistas, data que é considerada pelo governo chinês como uma "libertação pacífica".

Devido à delicada situação política do Tibete, apenas um presidente foi à região desde a criação da República Popular da China, em 1949: Jiang Zemin, em julho de 1990.

Xi Jinping chegou na quarta-feira (21) à cidade de Nyingchi, no sudeste da região autônoma, e segundo comunicado oficial pediu o reforço da "unidade nacional" e do "patriotismo" no Tibete.

"É primordial fortalecer as interações e os intercâmbios entre os diferentes grupos étnicos", disse o presidente chinês, que convocou a população a "defender o território nacional".

Ele já havia estado no Tibete em julho de 2011, no 60º aniversário da incursão comunista, mas como vice-presidente.

A visita presidencial

Segundo imagens divulgadas pela televisão nacional, Xi desceu do avião presidencial cumprimentando uma multidão vestida com trajes tradicionais que agitava bandeiras chinesas.

O presidente teve "uma calorosa recepção por parte de funcionários locais de alto escalão e das massas populares de todos os grupos étnicos", afirmou a emissora de televisão estatal CCTV.

Ele foi de trem para a capital tibetana Lhasa na quinta-feira (22) e visitou o Potala, o palácio do Dalai Lama, líder espiritual dos tibetanos que vive exilado na Índia desde 1959.

Rejeição ao controle do governo

Segundo o movimento pró-tibetano "Campanha Internacional pelo Tibete", os habitantes de Lhasa disseram ter sofrido "controles incomuns em seus movimentos" antes da visita de Xi.

Também foram mencionados bloqueios de estradas e aumento da vigilância policial.

Desde os últimos distúrbios contra o governo chinês no Tibete, em 2008, milhões de dólares foram investidos no Tibete, na tentativa de conter a influência do Dalai Lama.

Mas a insatisfação não desapareceu e esporadicamente são registradas imolações de monges budistas leais ao Dalai Lama.

Fonte: G1

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