Durante a presidência de Xi Jinping, a China ampliou sua influência na América Latina
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Xi Jinping está há dois dias em visita oficial à região do Tibete, a primeira de um presidente chinês em 31 anos, informou a agência de notícias chinesa Xinhua nesta sexta-feira (23).
A viagem coincide com o 70º aniversário da invasão do Tibete pelas tropas comunistas, data que é considerada pelo governo chinês como uma "libertação pacífica".
Devido à delicada situação política do Tibete, apenas um presidente foi à região desde a criação da República Popular da China, em 1949: Jiang Zemin, em julho de 1990.
Xi Jinping chegou na quarta-feira (21) à cidade de Nyingchi, no sudeste da região autônoma, e segundo comunicado oficial pediu o reforço da "unidade nacional" e do "patriotismo" no Tibete.
"É primordial fortalecer as interações e os intercâmbios entre os diferentes grupos étnicos", disse o presidente chinês, que convocou a população a "defender o território nacional".
Ele já havia estado no Tibete em julho de 2011, no 60º aniversário da incursão comunista, mas como vice-presidente.
A visita presidencial
Segundo imagens divulgadas pela televisão nacional, Xi desceu do avião presidencial cumprimentando uma multidão vestida com trajes tradicionais que agitava bandeiras chinesas.
O presidente teve "uma calorosa recepção por parte de funcionários locais de alto escalão e das massas populares de todos os grupos étnicos", afirmou a emissora de televisão estatal CCTV.
Ele foi de trem para a capital tibetana Lhasa na quinta-feira (22) e visitou o Potala, o palácio do Dalai Lama, líder espiritual dos tibetanos que vive exilado na Índia desde 1959.
Rejeição ao controle do governo
Segundo o movimento pró-tibetano "Campanha Internacional pelo Tibete", os habitantes de Lhasa disseram ter sofrido "controles incomuns em seus movimentos" antes da visita de Xi.
Também foram mencionados bloqueios de estradas e aumento da vigilância policial.
Desde os últimos distúrbios contra o governo chinês no Tibete, em 2008, milhões de dólares foram investidos no Tibete, na tentativa de conter a influência do Dalai Lama.
Mas a insatisfação não desapareceu e esporadicamente são registradas imolações de monges budistas leais ao Dalai Lama.