Perseverance não consegue coletar amostra do solo de Marte em sua 1ª tentativa

Por Rogerio Magno em 07/08/2021 às 16:07:01

O rover usa uma broca oca e uma furadeira de impacto na ponta de um braço mecânico com 2 metros de comprimento para coletar as amostras. Dados iniciais obtidos através de telemetria mostram que a furadeira e a broca foram acionadas como planejado, e que depois disso o tubo para coleta de amostras foi processado corretamente.

Entretanto, uma imagem feita pela câmera Mastcam-Z do Perseverance mostra o tubo vazio. “O processo de amostragem é autônomo do começo ao fim”, disse Jessica Samuels, gerente da missão de superfície do Perseverance no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA no sul da Califórnia.

“Uma das etapas que ocorrem após a colocação de uma sonda no tubo de coleta é medir o volume da amostra. A sonda não encontrou a resistência esperada que haveria se a amostra estivesse no tubo.”

Imagem feita pelo robô Perseverance mostra que o interior do tubo de coleta nº 223 está vazio: Imagem: Nasa
Imagem feita pelo robô Perseverance mostra que o interior do tubo de coleta nº 223 está vazio: Imagem: Nasa

“A ideia inicial é que o tubo vazio é mais provavelmente o resultado de uma rocha que não reagiu da maneira que esperávamos durante a retirada do núcleo, e menos provavelmente um problema de hardware com o Sistema de Amostragem e Coleta”, disse Jennifer Trosper, gerente de projeto do Perseverance no JPL.

“Nos próximos dias, a equipe passará mais tempo analisando os dados de que dispomos e também adquirindo alguns dados diagnósticos adicionais para auxiliar no entendimento da causa raiz do tubo vazio.”

“Estive em todas as missões de rovers em Marte desde o início, e este planeta está sempre nos ensinando algo que não sabemos sobre ele”, disse Trosper. “Uma coisa que aprendi é que não é incomum ter complicações durante atividades complexas pela primeira vez.”

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O Perseverance tem 43 tubos para coleta de amostras do solo marciano. Ao menos 20 deles serão preenchidos e deixados em locais na superfície do planeta, para poderem ser coletados e trazidos de volta à Terra pela missão Mars Sample Return.

A estimativa é que a missão decole em 2026 e retorne à Terra com amostras do solo do planeta em 2031. Se tudo correr como programado, esta será a primeira vez que poderemos analisar diretamente uma amostra do solo do planeta vermelho.

Atualmente, isso só é possível indiretamente, através de instrumentos a bordo de robôs como o Curiosity, Perseverance ou Zhurong, ou através de meteoritos marcianos encontrados na Terra.

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Fonte: Olhar Digital

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