Empresa diz que aplicativo Mail do iPhone tem falha grave; Apple avalia que não há risco para usuários

Fabricante contestou alegação de que hackers estariam explorando brecha para atacar usuários. Empresa alertou para vulnerabilidade grave no Mail, mas Apple afirma que [...]

Por Rogério Magno em 27/04/2020 às 13:41:45
Fabricante contestou alegação de que hackers estariam explorando brecha para atacar usuários. Empresa alertou para vulnerabilidade grave no Mail, mas Apple afirma que usuários não estão em risco.

Thomas Peter/Reuters

A empresa de segurança ZecOps divulgou a existência de uma vulnerabilidade crítica no aplicativo Mail, usado para o acesso a e-mails no iPhone. De acordo com os especialistas, a falha pode ser explorada sem nenhuma ação específica das vítimas – o processamento da mensagem para a exibição da notificação é suficiente para ativar a brecha e comprometer a segurança do smartphone, ao menos no iOS 13.

Embora o problema seja grave, a descoberta de falhas em softwares é comum. O que é realmente preocupante é uma falha inédita estar na mão de hackers que possam tirar proveito do erro para atacar usuários. Segundo a ZecOps, é exatamente isso que está acontecendo.

A Apple, no entanto, contestou a alegação. A fabricante do iPhone afirmou que não encontrou evidências de que a vulnerabilidade estaria sendo explorada por hackers e que ela, por si só, não é sequer suficiente para montar um ataque.

Sendo assim, a conclusão da Apple é que "não há risco imediato para os usuários". Por enquanto, a ZecOps não divulgou todos os detalhes técnico necessários para comprovar a existência do problema.

Embora seja uma postura comum, já que as informações poderiam auxiliar os criminosos, outros especialistas não podem validar as alegações da companhia sem esses dados.

A ZecOps prometeu que vai revelar tudo quando o iOS for atualizado para eliminar a vulnerabilidade, o que deve acontecer nas próximas semanas.

O problema já foi corrigido em uma versão beta do iOS, a iOS 13.4.5.

Metodologia incomum

A ZecOps concluiu que pessoas foram atacadas através da falha consultando relatórios de erro do iPhone. Quando uma brecha é explorada, não é incomum que apps congelem ou apresentem outros problemas de funcionamento – o que leva o sistema a produzir um relatório contendo informações sobre o incidente.

Esses relatórios podem ajudar a identificar bugs e corrigi-los e, em muitos casos, fornecem indícios de que uma falha foi explorada.

O método mais usual para identificar a exploração de uma brecha, no entanto, é encontrar o próprio vetor de ataque – no caso, o próprio e-mail enviado pelo hacker. Mas a ZecOps não identificou essas mensagens, preferindo tentar "reproduzir" o que foi observado nos relatórios de erro.

A empresa levantou a hipótese de que os hackers teriam apagado os e-mails para esconder seus rastros, mas essa explicação não convenceu outros especialistas, que continuam céticos quanto às alegações.

Segundo o relatório da ZecOps, teriam sido atacados usuários na América do Norte, no Japão, na Alemanha, na Arábia Saudita, em Israel e na Suíça. Em geral, os alvos eram executivos, mas ao menos um deles era jornalista.

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Fonte: G1

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