Homens também tinham falsificações de carteiras de trabalho, reservistas e certidões de nascimento. PolĂcia investiga como eles conseguiram material, selos e carimbos oficiais. Carteiras de identidade falsificadas foram apreendidas na casa do suspeito
Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi
Um homem de 39 anos, outro de 33 e outro de 28 foram presos nesta quinta-feira (7) em Natal suspeitos de produzirem documentos falsificados. Pelo menos 200 carteiras de identidade foram encontradas com eles.
Na casa de um dos suspeitos, no bairro de Santos Reis, na Zona Leste da capital, a polĂcia encontrou, além das centenas de carteiras de identidade do Itep, muitas delas com a mesma foto e nomes diferentes, selos do Tribunal de Justiça do RN, carimbos, certidões de nascimento, reservistas e carteiras de trabalho. Havia ainda uma pistola e munições.
O suspeito que tinha o material em casa jĂĄ tinha mandado de prisão em aberto e estava sendo investigado. A suspeita da polĂcia é de que ele falsifica documentos para entregĂĄ-los a foragidos da Justiça e membros de facções criminosas que atuam na Zona Leste da capital.
"A gente iniciou hĂĄ uns dois meses esse inquérito. E a investigação se deu porque nós tĂnhamos notĂcia de que esse rapaz estaria falsificando documentos pĂșblicos, sobretudo RG, e vendendo para foragidos da Justiça", disse o delegado da 4ÂȘ Delegacia de PolĂcia, em Mãe Luiza, JĂșlio César Lima.
Os policiais chegaram até o suspeito principal após abordarem um "cliente" que estava com o documento falsificado. Ele entregou o fornecedor.
A polĂcia agora vai investigar como o homem teve acesso aos documentos em branco.
"Diante dessa materialidade, desse corpo de delito que nós apreendemos, esse inquérito ganha um leque muito maior. A gente vai sentar com o pessoal do Itep para avaliar esses documentos", disse o delegado.
"A gente também tem que considerar que esse rapaz tem possivelmente algum elo, contato com alguém do Itep ou de com algum órgão pĂșblico, porque ele fazia muitas pesquisas, obtinha muitos documentos. Não estou dizendo que hĂĄ, mas é nossa obrigação averiguar isso".